CHARGE DE BENETT
De volta da Índia, Jair Bolsonaro reestreia a sua série de declarações desprovidas de qualquer fundamentos em fatos reais.
Levantou a hipótese de que as falhas do Enem tenha sido produto de sabotagem, embora nem o falastrão Weintraub tenha mencionado, desde o início dos problemas nas notas, tal suspeita.
Inconformado com o fato de que a auditoria no BNDES não encontrou o “mar de lama” que anunciara durante todo o tempo, começa a atacar o custo so que ele mesmo ordenara: a prioridade total para abrir a suposta “caixa-preta” do banco e, desqualifica o amigo dos filhos que pôs em sua presidência, chamando de “garoto”, para ar a ideia de que ele foi enganado.
Até a anunciada demissão do secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, é uma dissimulação: a FAB jamais autorizaria vôos internacionais (a Davos e, depois, à Índia) de um funcionário de terceiro escalão sem, no mínimo, a autorização do ministro Onyx Lorenzoni, titular da pasta. Com diárias da tripulação, é provável que o custo dessa mordomia tenha chegao perto de R$ 1 milhão , claro, também não é sargento quem autoriza uma despesa destas.
O fato é que os problemas do Enem e a vergonha da auditoria do BNDES aconteceram antes de sua partida e Bolsonaro tomou zero providências a respeito.
Agora, terceiriza as culpas, para estimular a grita de sua matilha de que tudo é, sempre, culpa do PT.
De “quebra”, ainda vai ter de penar com mais dois trunfos fornecidos Sergio Moro: vai ser inevitável que a Polícia Federal entre no caso da “revisão” seletiva de notas providenciada por Abraham Weintraub ao pai bolsonarista de uma das candidatas no Enem e na história das relações entre seu marqueteiro Fábio Wajntrab, cheia de nuvens escuras em suas relações com os irmãos Liberman: Samy, seu segundo, e Fabio, seu gerente empresarial.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)