CHARGE DE AROEIRA
Planalto deveria condenar ato com maior veemência
A invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília deveria ser condenada com maior veemência pelo Itamaraty e o Palácio do Planalto. Apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, entraram na missão venezuelana hoje. Houve confrontos.
O governo Bolsonaro reconhece Guaidó e condena a administração de Maduro. Bolsonaro criticou a invasão, mas foi acusado de conivência pela oposição brasileira.
Como anfitrião da reunião dos Brics, é ruim para o Brasil que a invasão tenha ocorrido no primeiro dia do encontro entre os cinco países. O Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Maduro tem o apoio da China e da Rússia.
Eduardo Bolsonaro, que chegou a ser cogitado para embaixador em Washington, deu prova de falta de preparo diplomático. Numa rede social, sugeriu que os apoiadores de Guaidó estavam fazendo a coisa certa.
Um ex-candidato a embaixador defendendo invasão de embaixada é algo inédito do ponto de vista do direito internacional e do bom senso. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos políticos conseguem dar quase todos os dias declarações inadequadas para as funções públicas que ocupam.
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Separados
Ciro Gomes tem sido firme ao rejeitar acenos feitos pelo PT para encontros com Lula e Fernando Haddad. O ex-candidato a presidente pelo PDT entende que aceitar essa aproximação o enfraqueceria como alternativa de poder no Brasil.
Decidido a seguir um caminho apartado do PT, Ciro não acredita numa frente ampla de esquerda para concorrer em 2022. Num eventual segundo turno, pode haver algum entendimento, mas isso vai depender de como PDT e PT vão se comportar nos próximos anos. Hoje, a distância é grande. Isso é boa notícia para o presidente Jair Bolsonaro.
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