O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (2.nov.2019) que pegou a gravação das ligações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde ele tem casa, para evitar adulteração no conteúdo.
As gravações tratam sobre a visita de Élcio de Queiroz, 1 dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (Psol), ao condomínio no dia do crime, em março de 2018. Élcio visitou o ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ter sido o autor dos disparos que mataram Marielle e o motorista Anderson Gomes. Segundo depoimento do porteiro do condomínio, alguém com a voz que ele julgou ser de Bolsonaro autorizou a entrada de Élcio no condomínio.
Há, no entanto, registros de presença do Bolsonaro na Câmara dos Deputados no dia 14 de março de 2018, quando ainda atuava como deputado. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que atua no caso, diz que o porteiro mentiu ao mencionar o nome do presidente em seu depoimento à polícia.
As gravações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, já periciadas, foram divulgadas no Twitter pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho 02 do presidente e que também mora no condomínio na zona sul do Rio.
“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar. Pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, disse o presidente.
Na última 4ª feira (30.out.2019), o Ministério Público do Rio de Janeiro informou que 1 áudio obtido era de Ronnie Lessa. Já nessa 6ª feira (1º.nov.2019), o deputado Marcelo Freixo solicitou nova perícia nas gravações, alertando justamente para a possibilidade de adulteração dos áudios.
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