AUSCHWITZEL NO RIO, BOLSONARO NA ONU: É ASSIM NOSSA POLÍTICA ASSASSINA

RETRATO DE AROEIRA E LATUFF

Nem nova, nem velha política: o que temos no Brasil hoje é uma política assassina.

Mata crianças, mata florestas, mata na saúde, na educação, na (in)segurança pública, no transito, e eles querem mais.

Querem mais armas no campo e nas cidades, mais helicópteros com fuzis, mais moto-serras, mais queimadas, mais intolerância, mais violência.

Em contrapartida, oferecem menos bolsas de estudo, menos pesquisas, menos recursos em defesa da vida e dos direitos humanos.

Não importa o que Bolsonaro vá dizer na ONU porque o que ele fala não se escreve.

Ou vai mentir, como costuma fazer, e jurar que o governo dele é o campeão mundial da defesa do meio ambiente, ou repetirá que os “inimigos’ querem acabar com a nossa soberania.

Se não houver nenhuma reação à fala dele, já estará no lucro, mas devemos nos prevenir para um vexame planetário.

Poderia ser pior. Sim, já pensaram o governador do Rio, o nazi-cacareco Wilson Auschwitzel, na tribuna da ONU, justificando o assassinato da menina Ágatha e sua política de atire primeiro e pergunte depois?

Não tem balas perdidas nessa história. Trata-se de política de governo para disseminar o medo e o terror, implantando a paz dos cemitérios.

O único programa do presidente e do governador fluminense apresentado até agora é o completo desrespeito às leis e à vida para reinar na terra arrasada.

Ninguém segura esses dois alucinados que, apenas um ano atrás, não eram ninguém na vida pública brasileira.

Catapultados ao poder pelo voto insano, movido a rancor e ódio, já estão a exigir uma intervenção das forças de paz da ONU para evitar que continue o massacre de brasileiros nesta guerra não declarada.

Pior de tudo, esta política assassina está ameaçando matar até as nossas esperanças.

Acabou o inverno, amanhã começa a primavera, mas tenho dúvidas se estes desgovernos chegam ao próximo verão.

Asfixiado, imolado, inerte, o país a tudo assiste como se esta catástrofe institucional estivesse acontecendo bem longe daqui, esperando por um milagre.

Os atores políticos de diferentes latitudes, alheios à realidade, já se movem pensando em 2022, sem saber se o Brasil estará vivo até lá.

Quantas Ágathas ainda haverão de morrer para os brasileiros acordarem deste pesadelo?

Desejar um bom domingo, neste cenário, seria uma mórbida ironia.

Vida que segue.

RICARDO KOTSCHO ” BALAIO DO KOTSCHO” ( BRASIL)

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