
Construção de ferrovias movimentaria setores importantes de nossa economia, permitindo, ainda, complementar as grandes rotas transoceânicas
Agora que o país está retomando tradição do planejamento, há um tema que poderá se transformar rapidamente em ponto de partida para a reindustrialização. Trata-se da construção de ferrovias super-rápidas, capazes não só de ligar grandes centros – como São Paulo-Rio de Janeiro- como rasgar o país de norte a sul e, especialmente, permitir complementar as grandes rotas transoceânicas, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), tocadas pelo Ministério de Orçamento e Planejamento.
Aqui, um levantamento dos setores envolvidos em obras desse vulto.
1. Engenharia e Construção Civil:
* Empresas de construção pesada: Responsáveis pela terraplanagem, escavações, túneis, viadutos, pontes e outras obras de arte necessárias para o leito da ferrovia.
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* Empresas de pavimentação: Encarregadas da construção da superestrutura da via, incluindo a colocação de balastro, dormentes e fixadores.
* Empresas de fabricação de materiais de construção: Fornecem cimento, aço, agregados, concreto e outros materiais essenciais.
* Escritórios de engenharia e consultoria: Realizam estudos de viabilidade, projetos executivos, supervisão de obras e gerenciamento de projetos.
* Empresas de topografia e geotecnia: Responsáveis pelos levantamentos topográficos, estudos do solo e estabilidade de taludes.
2. Indústria Ferroviária:
* Fabricantes de material rodante: Produção interna dos trens de alta velocidade, incluindo locomotivas (se aplicável), carros de passageiros e seus componentes (bogies, sistemas de freio, etc.).
* Fabricantes de trilhos e AMVs (Aparelhos de Mudança de Via): Fornecem os trilhos de alta precisão e os equipamentos que permitem a mudança de rota dos trens.
* Fabricantes de sistemas de sinalização e controle: Desenvolvem e instalam os sistemas eletrônicos e de comunicação que garantem a segurança e o controle do tráfego ferroviário em alta velocidade (ex: CBTC, ERTMS).
* Fabricantes de sistemas de eletrificação: Responsáveis pela instalação da catenária (rede aérea) ou do terceiro trilho, além das subestações de energia.
* Fornecedores de componentes ferroviários: Produzem diversos itens como fixadores de trilhos, isoladores, sistemas de portas, janelas, assentos, etc.
3. Tecnologia e Telecomunicações:
* Empresas de tecnologia da informação (TI): Desenvolvem softwares para controle de tráfego, sistemas de informação aos passageiros, bilhetagem eletrônica e gestão da manutenção.
* Empresas de telecomunicações: Instalam e mantêm as redes de comunicação necessárias para a operação segura e eficiente da ferrovia.
4. Energia:
* Empresas de geração e transmissão de energia: Fornecem a eletricidade necessária para a operação dos trens e dos sistemas auxiliares da ferrovia.
5. Serviços:
* Empresas de consultoria ambiental: Realizam estudos de impacto ambiental e propõem medidas mitigatórias.
* Empresas de segurança: Responsáveis pela segurança das obras e da futura operação da ferrovia.
* Empresas de logística e transporte: Transportam os materiais e equipamentos necessários para a construção.
6. Outros Setores:
* Indústria de alumínio e aço: Fornece materiais para a fabricação dos trens e da infraestrutura.
* Indústria de vidro e plásticos: Produz componentes para os trens.
* Setor imobiliário: Pode ser impactado pela construção de novas estações e pelo desenvolvimento urbano ao longo da ferrovia.
* Setor de turismo: A ferrovia de alta velocidade pode impulsionar o turismo nas regiões conectadas.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)