
CHARGE DE FUCHS
O Brasil precisa do Bolsonaro com “físico de atleta”, como alegava na pandemia, para que todo o rito jurídico seja cumprido na mais absoluta legalidade
Saúde para todos e todas, mas principalmente para Jair Bolsonaro, nesse momento em que é internado em um hospital do Rio Grande do Norte. O ex-presidente alegou “fortes dores” no intestino — no mesmo lugar da facada de 2018, segundo a sua equipe de assessores.
Para o bem da Democracia do país, é importante que o novo réu do STF (a súmula foi publicada momentos antes da internação) esteja saudável para suportar o longo processo, o julgamento e um eventual cumprimento de pena de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
O Brasil precisa daquele Bolsonaro com “físico de atleta”, como alegava na pandemia de Covid-19, para que todo o rito jurídico seja cumprido dentro da mais absoluta legalidade.
É necessário, para o bem e o exemplo do sistema democrático, um ex-presidente com vigor e valentia como o personagem que andava outro dia nos palanques de Copacabana e da avenida Paulista, inflamando a massa com pedido de anistia para a turba golpista do 8 de janeiro.
Que saia do hospital aquela versão destemida de um certo capitão que pedia a todo brasileiro que não fosse “maricas” e aguentasse firme a falta de fôlego provocada pelo coronavírus.
Saúde total e irrestrita para o ex-presidente que acabou de assumir, nos corredores do Congresso, a coordenação política pela aprovação do projeto que pode salvar a pele dele próprio — os “pipoqueiros” e “sorveteiros” a reboque como massa de manobra.
Pela rápida e plena recuperação de Bolsonaro para que acompanhe, no dia 29, quem sabe de corpo presente, o julgamento do “Núcleo 2” do golpismo na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
Na oportunidade, o ex-presidente verá a análise dos casos dos amigos Fernando de Sousa Oliveira (delegado da PF), Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor para Assuntos Internacionais), Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército) Marília Alencar (delegada da PF), Mário Fernandes (general da reserva) e Silvinei Vasques, o ex-diretor-geral da PRF que montou barricadas para impedir o voto lulista em algumas cidades do Nordeste.
A Democracia em seu estado pleno carece de um Bolsonaro sarado e fortalecido para que acompanhe o momento histórico do julgamento inédito de militares que tentaram reeditar a aventura golpista de 1964.
Toda saúde do mundo ao ex-presidente. O Brasil precisa tratá-lo com todo zelo e cuidado possíveis, como fez a governadora Fátima Bezerra (PT), ao montar no Rio Grande do Norte, com helicóptero e toda assistência do SUS, o melhor esquema para cuidar do homem que um dia desejou, em um gesto público de perversão fascista, “fuzilar a petralhada”.
Saúde e longa vida a Jair Messias Bolsonaro. O país precisa testemunhar, da forma mais democrática que já houve nessa terra, o seu julgamento.
XICO SÁ ” BLOG ICL NOTÍCIAS” ( BRASIL)