CHARGE DE VITOR TEIXEIRA ( BRASIL)

“Tenho a sensação que estou vivendo os últimos dias da República de Weimar. Hoje vivemos o que se viveu em 1933”, avalia Chico Teixeira

Estudar ‘os fascismos’ históricos é algo bem difícil quando os fascistas saltam dos livros para as ruas e as redes sociais. Tenho a sensação que estou vivendo os últimos dias da República de Weimar. 

O Volksbeobachter, jornal nazista – hoje mídia e rede –  noticia diariamente crimes horríveis e culpa o governo, quando a segurança pública é função dos Estados; crise de alimentos (então por perda de divisas, hoje por falta de noção política de um par de ministros); acusações invertidas de corrupção e inépcia, antes e agora; um parlamento voltado para o saque do orçamento publico, para corrupção e o nepotismo, como antes, torna-se atônito quando o fascismo incendeia o Reichstag – hoje os líderes do Congresso Nacional dizem que o saque de Brasília não aconteceu; visão excludente da Nação, só alguns são considerados cidadãos, os chamados “arianos” , hoje são os “patriotas”; Justiça de classe afogada em privilégios; ordem mundial, antes e hoje, em desordem total; substituição do discurso político, antes e hoje, por um socioleto centrado no baixo calão e no baixo ventre; negação da clara recuperação econômica pelo socioleto fascista repercutindo na mídia dependente do capital financeiro – não são mais fakenews, trata-se, hoje e ontem, de uma nova linguagem do irracionalismo, com apelo ao divino e ao sobrenatural, o âmago do socioleto fascista; sociedade civil dividida, paralisada, sindicatos e associações esperam soluções negociadas com o fascismo e, hoje, só hoje. – porque antes, nos anos de 1920 e 1930 houve luta – e abandonam as ruas! Play Video

Enfim, hoje vivemos o que se viveu em 1933, tão bem expresso no filme premonitório do filme de Wolfgang Staude, “Die Murder sind unter uns” (Os assassinos estão entre nós)! E nós? Perplexos esperamos que tudo melhore! 

CHICO TEIXEIRA ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)