Kamala faz de conta que Trump não existe, e isso «mata» qualquer narcisista megalómano.
Hoje, a 65 dias das eleições americanas, ninguém tem dúvidas de que existia um problema grave com a candidatura de Joe Biden, e isso percepciona-se com duas atitudes invulgares: Kamala, com o seu sorriso rasgado e energia está a recuperar os estados perdidos, e Trump ficou sem estratégia mediática e eleitoral contra a nova adversária.
Trump está baralhado, e o seu principal conselheiro, Elon Musk, ainda não propôs a Kamala um combate de boxe antes das presidenciais. Sem discurso, que não seja criticar o número dos apoiantes nos comícios da sua adversária, o ex-presidente está a sentir um arrepio na espinha. Biden não contava, mas o jogo agora é muito diferente.
A Convenção Democrata arranca na segunda-feira, em Chicago, e na quinta a candidata oficial a Presidente dos EUA tem de anunciar o seu programa e estratégia para os próximos quatros anos. Não é a plataforma de Biden, não será certamente a de Walz – um genuíno esquerdista – mas estará obrigada a elencar ideias políticos de bom senso que reconquistem os eleitores independentes, indecisos, de maiorias e minorias e de todos os géneros e faixas etárias. Newsletter A subscrição foi submetida com sucesso!
Há um sinal de Kamala que confunde todas as previsões: não abre a boca, não comenta o adversário, não aceita entrevistas, e não responde a jornalistas. Por muito que custe aos seus conselheiros eleitorais, esta estratégia está a dar resultados positivos. Kamala faz de conta que Trump não existe, e isso «mata» qualquer narcisista megalómano.
LUIS DELGADO ” VISÃO” ( PORTUGAL)