O BRASIL ATRÁS DE SEUS CIENTISTAS QUE MIGRARAM

Pode-se repetir o feito dos anos 1990, quando universidades brasileiras foram atrás de cientistas talentosos quando do fim da União Soviética

No início dos anos 1990, com o fim da União Soviética, muitas universidades brasileiras saíram atrás de cientistas que poderiam ser aproveitados no país. A Universidade de São Paulo se adiantou e trouxe quatro físicos ucranianos, que trabalharam e morreram aqui – com exceção de um apenas – tornando-se definitivamente brasileiros e deixando enormes contribuições à ciência brasileira.

Presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Ricardo Galvão trabalhou com os físicos no seu tempo de USP.

Agora, está trabalhando em um projeto de repatriamento de cientistas brasileiros e atração de pesquisadores americanos, aproveitando o desmonte do sistema de ciência e tecnologia implementado por Donald Trump.

O Programa Conhecimento Brasil, iniciativa do CNPq, foi lançado em julho de 2024, visando fortalecer a ciência, tecnologia e inovação, através de duas frentes principais:

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  1. Atração e Fixação de Talentos: Destinada a pesquisadores brasileiros residentes no exterior que desejam retornar ao país para desenvolver pesquisas em universidades, institutos ou empresas nacionais. Esta chamada prevê a concessão de bolsas mensais de R$ 10 mil para mestres e R$ 13 mil para doutores, além de recursos adicionais para equipamentos, manutenção da pesquisa e participação em eventos.
  2. Apoio a Projetos em Rede com Pesquisadores Brasileiros no Exterior: Focada na formação de redes de cooperação científica entre pesquisadores no Brasil e brasileiros atuando em instituições de pesquisa estrangeiras. Esta chamada oferece recursos para a execução de projetos colaborativos, incluindo financiamento para equipamentos, manutenção e intercâmbio de conhecimento.

O programa é financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e integra a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) para o período de 2023 a 2030. Até dezembro de 2024, a chamada para formação de redes aprovou 640 propostas, totalizando um investimento de R$ 228,5 milhões ao longo de dois anos. O diferencial, agora, foi a lei de Lula, que poupou o FNDCT de qualquer contingenciamento de verbas.

O programa é uma das dez ações prioritárias definidas em 2023 pelo conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e integra a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para o período 2023-2030. O programa conta com investimentos de R$ 1 bilhão ao longo de cinco anos.

Outra frente é o estabelecimento de vínculos de pesquisa com brasileiros no exterior. Nesse quesito, o CNPq recebeu mais de mil propostas, a maioria de empresas de Inteligência Artificial e tecnologia. Além disso, buscam-se parcerias com universidades estrangeiras. Nesse ponto, o melhor exemplo é a USP, que tem avançado fortemente nessa estratégia.

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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