MARÇAL ROUBOU O PROTAGOMISMO DE BOLSONARO

Para debater o tema, o Política na Veia conta com a participação de Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital; do jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN; e do cientista político Claudio Couto, do canal do YouTube e podcast Fora Da Política Não Há Salvação. Jair Bolsonaro foi uma das atrações da manifestação do 7 de Setembro na Avenida Paulista, convocada por lideranças da extrema-direita como o pastor Silas Malafaia. O ex-capitão repetiu o discurso usual, chamando o ministro Alexandre de Moraes de “ditador”, enquanto seus aliados defenderam o fim do bloqueio ao X, a rede social de Elon Musk, e a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro de 2023. Apesar dos esforços, o ato teve uma presença bem inferior ao esperado: queda de 75% do público na comparação com a manifestação anterior, em fevereiro, de acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP. O mesmo levantamento aponta que o ex-capitão pode ter perdido parte de seu protagonismo no campo conservador: a cada quatro eleitores entrevistados, três afirmaram preferir o nome do ex-coach Pablo Marçal na disputa para a prefeitura de São Paulo, ao invés de Ricardo Nunes, candidato à reeleição apoiado pelo ex-presidente. A pesquisa também mostra que Marçal começa a despontar entre as preferências do eleitorado bolsonarista para o pleito de 2026, ano em que Jair Bolsonaro deve estar inelegível. Marçal foi impedido de subir em um dos trios-elétricos ao final do ato.

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