Na próxima semana, em Brasília, haverá um evento fundamental para quem quiser pensar o Brasil, repetindo o desafio do projeto de 2014.
Contribua usando o Google
Em 2014, um departamento do Ministério de Ciência e Tecnologia, dirigido pelo economista Mariano Laplane, montou um projeto para pensar o Brasil de 2025. O projeto foi inteiramente construído por pesquisadores das principais universidades públicas brasileiras, mais algumas privadas, como a PUC do Rio de Janeiro.
Saiu um documento sólido, do qual tive a honra de participar, colocando as conclusões em linguagem jornalística. Eleita Dilma Rousseff, julguei que, de posse do plano, montaria grupos de trabalho no dia seguinte das eleições, para aproveitar as idéias. Não aconteceu. O plano se perdeu em algum dos escaninhos do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Na próxima semana, em Brasília, haverá um evento fundamental para quem quiser pensar o Brasil, repetindo o desafio do projeto de 2014. Trata-se da 5a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, para apresentar para discussão uma série de projetos preparados por diversos grupos acadêmicos, sobre os principais problemas do pais.
A abertura será no dia 30 de julho, com a presença de Lula, da Ministra do MCT Luciana Santos e o Secretário Geral do encontro, físico Sérgio Rezende.
O primeiro painel discutirá “Rumos da economia brasileira em um mundo em acelerada transformação tecnológica”. O palestrante será o Ministro Fernando Haddad, e a debatedora Mariana Mazzuccato, economistas italiana que vem revoucionando o pensamento industrial no século 21, da mesma maneira que Michael Porter nos anos 90.
Depois, será uma saraivada de temas discutidos em três dias, passando pela evolução recente da ciência no Brasil e no mundo, a Política Industrial para descabornização, As Startups brasileiras: financimento e crescimento.
Agricultura e transição energética ocupam espaço de destaque nas discussões. Discutir-se-á as mudanças climáticas e os riscos da Amazônia, as energias renováveis e as vantagens brasileiras e os avanços da ciência na agricultura.
Transição demográfica, tecnologias sociais, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as redes de pesquisa.
Enfim, uma enxurrada de ideias e pesquisas essenciais para dar musculatura à neoindustrialização. E a comprovação final do papel essencial das universidades, dos grupos de pesquisa e inovação para a construção do Brasil do futuro.
Estarei participando como moderador de um grupo que vai discutir os desafios para convencer a mídia a incluir o tema em suas pautas.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)