Docentes de todo o mundo especializados em desinformação e que criticam o sionismo estão sendo sistematicamente perseguidos
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O programa TVGGN 20H da última terça-feira (18) contou com a participação de Afonso Albuquerque, professor do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense e Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Disputas e Soberanias Informacionais (INCT-DSI), para falar sobre os ataques de integrantes da extrema-direita fazem contra pesquisadores de fake news.
Albuquerque ressalta que o modus operandi não é ocasional e não se limita ao Brasil. É um fenômeno mundial, em que a extrema-direita ataca pesquisadores de algumas causas, especialmente os que combatem a desinformação ou criticam o sionismo.
Nos Estados Unidos, porém, onde os pesquisadores e professores têm maior vínculo com as instituições universitárias, o impacto da perseguição foi maior em comparação ao Brasil.
Por aqui, os casos ainda não foram judicializados ou migraram para a esfera política. Por enquanto, os pesquisadores estão sendo convocados para prestar contas.
Mas o convidado defende que os docentes tenham uma cobertura judicial de juristas e advogados progressistas que atuem pelo direito da liberdade de expressão, até porque enquanto a extrema-direita promove ataques à ciência, empresas como a Brasil Paralelo anunciou a formação de historiadores.
“Há um esforço sistemático de esvaziar a autoridade das universidades como sendo movidas por interesses partidários”, observou Afonso Albuquerque.
O docente falou ainda sobre o amplo debate sobre soberania e a influência das plataformas digitais, como Google e Meta, neste processo de acesso a dados.
Soberania
“Temos um esforço conjunto no sentido de juntar pesquisadores desse campo, unir esforços, criar banco de dados comuns para que se possa ter algum tipo de controle de acesso aos dados das plataformas”, continua o entrevistado.
O Brasil, nesta temática, está criando uma abordagem interessante em relação à soberania, pois os pesquisadores estão criando propostas a partir da nossa própria realidade.
“Quando a gente discute com pesquisadores filipinos, indianos, estão sediados nos Estados Unidos ou União Europeia. O filipino olha para as Filipinas meio mediado pelos Estados Unidos e União Europeia”, analisa.
Ainda de acordo com Albuquerque, o Brasil está aprendendo a lidar com os problemas e cria estruturas para resolvê-los.
Acompanhe a discussão na íntegra em:
CAMILA BEZERRA ” JORNAL GGN” ( BRASIL)