Na quinta-feira 12, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento para tramitação em regime de urgência do projeto de lei que equipara a realização de aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. A proposta restringe o acesso ao procedimento, inclusive, em casos de estupro – e poderia, até mesmo, impôr à vítima de estupro que desejasse realizar um aborto uma pena superior à do próprio estuprador. O presidente da Casa, o deputado federal Arthur Lira, anunciou a aprovação simbólica – ou seja, sem contagem nominal dos votos. Parlamentares contrários à matéria, porém, afirmam que sequer sabiam que ela estava em votação. A discussão sobre o ‘PL Antiaborto’ tomou conta das redes sociais nos últimos dias e motivou a realização de atos de rua durante o fim de semana. Além de pressionar pelo arquivamento do projeto, os protestos criticaram o presidente da Câmara e ajudaram a desgastar a imagem de Lira e da bancada evangélica, principais patrocinadores da proposta. Para comentar o cenário, o POLÍTICA NA VEIA desta terça-feira conta com a participação de Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital; do jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN; e do cientista político Claudio Couto, do canal do YouTube e podcast Fora Da Política Não Há Salvação.