O DEPOIMENTO DO DELEGADO RIVALDO IMPLICA O ATUAL CHEFE DO ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, QUE DURANTE INTERVENÇÃO NO RIO, ERA SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA NA ÉPOCA EM QUE MARRIELLE FOI ASSASSINADA

Agência Brasil

Braga Netto indicou secretário que pediu a Barbosa que apagasse mensagens trocadas com Marielle e o nomeou chefe da Polícia Civil

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ERRAMOS – O depoimento de Rivaldo não menciona o clã Bolsonaro. Mas GGN reitera as suspeitas de que ao menos tinham conhecimento da operação.

Na tarde da última segunda-feira (3), o delegado Rivaldo Barbosa, acusado de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, afirmou que recebeu ordens do general Richard Nunes para apagar as mensagens de WhatsApp que trocava com Marielle. 

Ao longo do depoimento, Barbosa revelou que tinha uma boa relação com Marielle, inclusive, conversava com ela pelo WhatsApp. Quando estava na igreja, recebeu uma mensagem do general Richard, seguida de um pedido para apagar tais mensagens. O militar ligou em seguida para Barbosa, convidando-o para uma reunião em que seria chamado para chefiar a Polícia Civil. 

Crédito: Reprodução

Na época, Richard Nunes era secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, indicado pelo general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.   

Atualmente, Nunes responde pela chefia do  Estado Maior do Exército, organização responsável por estudar, planejar, orientar, coordenar, controlar e avaliar as atividades relativas à atuação do Comando do Exército.

Com base em invesigações, o Jornal GGN reitera as suspeitas de que o clã Bolsonaro, no mínimo, tinha conhecimento da operação que vitimou Marielle.

Além de serem vizinhos de Ronnie Lessa, preso acusado por executar Marielle e o motorista Anderson, um dos membros do clã, Carlos Bolsonaro, estava em casa no momento em que Lessa se preparava para deixar o condomínio rumo à tocaia para assassinar a vereadora.

A denúncia de Rivaldo Barbosa direciona as investigações para o seu mais alto ponto: a cúpula do Exército. E reforça a teoria do ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, de que havia gente muito influente envolvida no crime. Os irmãos Brazão, presos também sob a acusação de mandantes, são conhecidos apenas no Rio de Janeiro. 

LOURDES NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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