Medida ocorre após a revista Veja vazar áudio de Cid atacando PF e STF, colocando em xeque a lisura das investigações contra Bolsonaro
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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, foi preso na tarde desta sexta-feira (22) após prestar depoimentos ao Supremo Tribunal Federal em virtude do vazamento de áudios pela revista Veja, onde Cid ataca o STF e a Polícia Federal, colocando a lisura das investigações contra Jair Bolsonaro em xeque.
Nos áudios divulgados por Veja, Cid se queixa de que a PF omitiu trechos de seu depoimento e agiu como se a narrativa contra Bolsonaro já estivesse pronta. Moraes, por sua vez, foi tratado como dono da lei, um ministro que já está com a “sentença pronta”, só aguardando o momento certo para agir.
Cid foi prestar depoimento a um juiz auxiliar de Moraes no início da tarde de hoje e acabou saindo do STF preso por obstrução de Justiça e descumprimento de medidas cautelares, segundo informações CNN e GloboNews. A ordem de prisão ainda não foi liberada ao público.
Analistas políticos levantam acreditam que Bolsonaro saiu vitorioso com a matéria de Veja, pois o conteúdo dos áudios de Cid tenta traçar um paralelo entre os métodos da Lava Jato e os de Moraes.
A hipótese é que Cid tenha participado de uma trama para tentar sabotar as investigações do Supremo. Uma das cautelares que ele pode ter descumprido diz respeito ao impedimento de entrar em contato com outros investigados.
Mais cedo, após a repercussão da reportagem de Veja, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, anunciou que iria peticionar contra Cid no STF para que ele explicasse os ataques. “Vimos com gravidade as falas publicadas na reportagem. Representamos ao STF para que ele esclareça, já que somos levianamente acusados”, disse Andrei à CNN.
CINTIA ALVES ” JORNAL GGN” ( BRASIL)
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.5