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“Epstein foi preso comigo no quinto andar do edifício do MCC New York), pior presídio dos EUA”.
Jeffrey Epstein nasceu no Brooklyn, na cidade de Nova York, em 1953. Ele não tinha diploma universitário, mas conseguiu um emprego ensinando matemática na prestigiosa Dalton School em Manhattan. Mais tarde, trabalhou como consultor financeiro para a Bear Stearns e depois fundou sua própria empresa, a J. Epstein & Co.
Epstein ficou rico com seu trabalho como financista e cultivou relacionamentos com muitas pessoas poderosas e ricas, incluindo políticos, celebridades e acadêmicos.
Em 2005, Epstein foi acusado de abusar sexualmente de uma menina de 14 anos na Flórida. Ele se declarou culpado de solicitar prostituição a uma menor e foi condenado a 18 meses de prisão. No entanto, ele só ficou encarcerado por 13 meses e foi autorizado a passar a maior parte do tempo em liberdade condicional.
Após sua libertação da prisão, Epstein continuou a ser acusado de abuso sexual. Em 2019, ele foi preso sob acusações federais de tráfico sexual de menores na Flórida e Nova York. Ele morreu por suicídio em sua cela na prisão em 10 de agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento.
A morte de Epstein foi declarada suicídio pelo legista, mas houve muitas teorias da conspiração sobre sua morte. Algumas pessoas acreditam que ele foi assassinado porque sabia demais sobre as pessoas poderosas com quem se associava.
Mas um brasileiro compartilhou os últimos momentos de Epstein e garante que não foi suicídio.
Trata-se de Marcos Eduardo Elias (nascido em 16 de maio de 1971) é um financista, empresário e investidor brasileiro. Ele é mais conhecido por fundar a empresa de pesquisa de investimentos Empiricus e por seu trabalho como analista de ações e gestor de fundos.
Elias foi preso nos Estados Unidos em 2019 sob acusação de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. As acusações diziam que Elias havia usado uma empresa de fachada no Panamá para desviar mais de US$ 750.000 de investidores americanos.
Elias foi preso na Suíça a pedido do FBI e extraditado para os Estados Unidos. Ele se declarou culpado das acusações em 2019 e foi condenado a três anos e meio de prisão. Ele foi libertado em 2022.
Na verdade, seu crime foi ter aconselhado um gestor de fundos a usar recursos de investidores brasileiros que estavam praticamenet esquecidos nas suas contas.
PS – O Brasil teve seu Jeffrey Epstein, grande empresário que montava reuniões coalhada de modelos e grandes executivos globais. Não havia menores. Seu primeiro grande feito foi ter conseguido agenciar Gina Lollobrígida para um grande empresário do Rio de Janeiro.
A seguir, depoimento de Marcus Elias, publicado em sua conta no Linkedin.
Eu sei como Jefferey Epstein morreu na prisão
Eu sei como o magnata e pedófilo Jeffrey Epstein morreu na prisão, pois eu estava ao seu “lado”:
Epstein foi preso comigo no quinto andar do edifício do MCC New York), pior presídio dos EUA.
Nossas histórias se cruzam:
Na primeira cela que ocupei (dois lugares), eu a dividia com uma pessoa muito agressiva: condenada a 30 anos por assassinato, “a única coisa que queria era que não lhe enchessem o saco”.
Eu dormia na parte de cima de um beliche de aço antigo e corroído (sem colchão e sem travesseiro).
No primeiro dia em que tentei dormir, o cidadão com quem divida a cela me agarrou pelos braços e me fez descer. Disse que eu me mexia muito e que ele não conseguia dormir. Apontou para um banquinho, também de metal, e me ordenou:
“Todas as noites você ficará sentado nesse banco, sem se mexer”.
Oito dias depois, insone, pedi a ele que me deixasse ficar na cama pois eu não aguentava mais. Então ele me instruiu:
“Diga aos guardas que você quer se suicidar. Então te levarão para o SUICIDAL WATCH e lá você poderá dormir”.
Sem opções, declarei-me suicida aos policiais, e eles me arrastaram até uma cela, no sétimo andar, em que a cama era de concreto, o cobertor era uma espécie de placa rígida revestida de amianto. Na sala havia uma luz intensa que nunca se apagava e uma janela de vidro blindado, atrás da qual, inmates revezavam-se, 24 horas por dias. Missão deles: fazer-lhe perguntas, ou “puxar papo”, de forma a medir seu grau de desespero e manter-lhe ocupado, distraído ou calmo.
Passei 5 dias na cela do Suicidal Watch. Consegui dormir um pouco. Quando fui dispensado, então voltei ao quinto andar, mas fui realocado de cela. Tendo tirado a sorte grande, caí com Omar Amanat, meu amigo, meu irmão.
Ao voltar ao convívio com outros inmates, nesse momento conheci Epstein: inteligentíssimo, muito bonito, dotado de verve e grande oratória, dizendo-se um judeu observante.
Ele se interessou pela minha história na “sala do suicídio”. Quando lhe disse que se quisesse se proteger, o Suicidal Watch seria uma ótima opção, seus olhos brilharam.
No dia 10 de agosto de 2019, ele se “suicidou”, “enforcando-se”. Morreu na mesma cela em que pude descansar.
Agora, vejamos:
– Não havia absolutamente nada com que pudesse se machucar. Mesmo a comida que nos davam deveria ser consumida com as mãos. Tampouco, portanto, havia talheres;
– As celas do Suicidal Watch ficavam iluminadas 24 horas por dia e contavam com grandes janelas para corredores com grande movimentação;
– Além dos guardas, a supervisão do internado era feita por outros presos que se revezavam a cada 4h ou 6h horas e que tomavam nota de tudo, em um caderno, de minuto em minuto;
Seria impossível que Epstein subornasse todos os policiais e todos os inmates para obter um lençol para se enforcar. E se obtivesse, não havia uma única reentrância em que poderia fixá-lo.
Epstein foi assassinado. Agora temos que 150 nomes importantes estão atrelados à sua história, entre eles Bill Clinton e Donald Trump.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)