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“Este massacre assume a forma de um genocídio porque existe agora uma intenção declarada de ferir os palestinos”, diz analista
O canal Al Jazeera divulgou um artigo assinado por seu analista sênior Marwan Bishara, chamando atenção para a magnitude da guerra de Israel em Gaza. Para o autor, a violência em curso no Oriente Médio é “um massacre perpétuo numa escala que não víamos desde a Segunda Guerra Mundial”.
Na manhã desta terça (17), o veículo já havia informado que a guerra computava mais de 4.000 mil mortos, sendo que cerca de 3.000 deles foram vitimados dentro da Faixa de Gaza – um terço eram crianças palestinas.
A ONU já havia confirmado ataques de Israel ao sul de Gaza, justamente a área para onde Tel Aviv forçou a migração de mais de 1 milhão de palestinos que viviam ao norte do enclave. Ninguém consegue atravessar a fronteira de Rafah para o lado do Egito, enquanto prosseguem os ataques aéreos israelenses ao sul de Gaza.
Ao longo do dia, mísseis israelenses detonaram uma escola administrada por agência da ONU para refugiados palestinos, áreas residenciais ao sul de Gaza e um hospital mais ao Norte do enclave, onde mais de 500 pessoas estavam abrigadas, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza.
“A ideia de que um hospital e uma escola foram bombardeados, edifícios de apartamentos foram bombardeados, matando centenas, muitas centenas de civis em poucas horas – isso é um massacre perpétuo numa escala que não víamos desde a Segunda Guerra Mundial”, pontuou Bishara.
O analista falou em genocídio do povo palestino, considerando que, nos últimos dias, líderes israelitas disseram que “não há palestinos inocentes em Gaza – que todos são responsáveis pelo ataque do Hamas.”
“Este massacre assume, de fato, a forma de um genocídio porque existe agora uma intenção declarada e clara de ferir os palestinos. Não são danos colaterais – mortos por engano num bombardeamento da Faixa de Gaza – são agora alvo. Até as pessoas que fogem para salvar as suas vidas para o sul estão a ser bombardeadas. Claramente, ninguém está seguro. Nenhum lugar é seguro em Gaza”, finalizou.
LOURDES NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)