A deputada, que cobrou austeridade do Ministério da Igualdade Racial, não perdeu o hábito de exibir sinais exteriores de riqueza
A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) foi criticada nas redes depois de compartilhar reportagem publicada na imprensa sobre os gasto do Ministério da Igualdade Racial com passagens aéreas, e desferir ataques ao governo Lula. “O Governo Turista do Brasil segue fazendo o que quer com os recursos públicos que deveriam ser utilizados para o povo”, afirmou.
As viagens do Ministério da Igualdade Racial foram a trabalho e o total empenhado com passagens foi de R$ 6 milhões, segundo a reportagem. Como deputada, Rosângela tem o direito de criticar, claro, mas não se pode dizer que ela seja um exemplo de austeridade.
Com roupas e bolsas caras (algumas de R$ 30 mil) e viagens internacionais frequentes, há alguns anos a deputada exibe sinais exteriores de riqueza, muito acima das possibilidades de seu marido, que na época recebia salário de juiz.
Ela tem escritório de advocacia em Curitiba, em que se tornaria sócio o filho do desembargador Marcelo Malucelli — o jovem é namorado de sua filha –, mas a banca jurídica dela nunca teve renome.
O hábito de exibir produtos caros permanece, como se viu no encontro dela com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, na terça-feira (26/09), um dia antes de criticar o Ministério de Anielle Franco e o governo Lula. Rosângela vestia calçado da grife Valentino Garavani, que pode ser encontrado na internet por R$ 6,5 mil.
Derrite, secretário que publicamente incentivou a ação violenta (e tavlez criminosa) da Polícia Militar no Guarujá no mês passado, recebeu uma declaração de apoio de Rosângela, pelo combate à criminalidade.
“A segurança pública é um tema que preocupa a todos nós. Vamos contribuir com nosso mandato para fortalecer a SSP-SP no enfrentamento à criminalidade”, escreveu a deputada, no Instagram
<Sinais exteriores de riqueza podem revelar crime de corrupção e/ou lavagem de dinheiro, mas certamente não foi dessa criminalidade que Rosângela tratou em sua postagem. Até porque a especialidade de seu interlocutor, o capitão Derrite, é matar, como ele mesmo já declarou em entrevistas, depois de trabalhar na Rota.
JOAQUIM DE CARVALHO ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)