O BARÃO DE MUNCHAUSEN E O HACKER DE ARARAQUARA

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Sendo hacker ou hakey, é muito mais inteligente que Sérgio Moro. O que, convenhamos, não chega a ser uma grande vantagem.

O depoimento do hacker de Araraquara – ou “hakey” no dialeto morista – merece ser melhor sopesado. Quem leu as aventuras do Barão de Munchausen ou assistiu o filme “Forrest Gump”, sabe do que estou falando. 

O que dá para acreditar:

  • Que Delgatti foi procurado pela deputada Zambelli..
  • Que foi pago para ajudar a desmoralizar as urnas eletrônicas.
  • Que foi levado ao encontro do ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • Que o encaminhou ao Ministério da Defesa.

A partir daí, o Barão de Munchausen é pinto. A história contada por ele está à altura de Munchausen, Don Quixote e outros clássicos do gênero.

Segundo ele, não tinha autorização para penetrar na sala em que estava o sistema das urnas. E o sistema não tinha nenhuma ligação com a Internet.

Então, os— técnicos da Defesa entravam, olhavam aquele emaranhado de códigos, memorizavam uma parte, voltavam e contavam para Delgatti. Aí voltavam, olhavam de novo, memorizavam outra parte e contavam para ele. Que ia memorizando tudo e descobrindo as brechas,

Segundo ele, seu conhecimento decorria de sua ignorância. Como os técnicos da Defesa fizeram cursos de tecnologia, só conheciam o que estava certo. Como ele não fez, sabia identificar o que estava errado.

Por isso, a única lição do seu depoimento é que, sendo hacker ou hakey, é muito mais inteligente que Sérgio Moro. O que, convenhamos, não chega a ser uma grande vantagem.

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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