COMO O DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA DOS EUA USOU A LAVA JATO CONTRA A FRANÇA

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Outras imprudências foram tentadas no país até que o próprio MP suíço acabou mostrando os conflitos de interesse nas ações de Lenz.

Até agora, apenas uma parcela mínima da trama da Lava Jato veio à tona.

Hoje, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) finalmente decidiu romper o pesado corporativismo que o manietava, abrindo uma correição especial sobre o trabalho dos procuradores da Lava Jato.

No sábado, em live da TV GGN, Gilmar Mendes contou que o corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Luiz Felipe Salomão, não havia conseguido identificar o destino de R$ 4 bi dos R$ 5 bilhões recebidos pela Lava Jato nos acordos de leniência.

Mas um ponto chamou a atenção. Desde que começou a investir em parcerias para o submarino nuclear, a França foi alvo de ação diplomática e empresarial dos Estados Unidos. Houve uma mini-Lava Jato em cima da Alstom – a empresa francesa que desenvolvera um gerador revolucionário, o Anabelle.

As investigações começaram em 2008. Em novembro de 2011, o MPF Suíço encerrou as investigações, concluindo pela inocência da empresa.

Quem atuou no caso foi o procurador Stefan Lenz, a contraparte da Lava Jato na Suíça. Nos diálogos da Spoofing, aparece Deltan Dallagnol comentando sobre a vinda de Lenz. Em determinado momento, Lenz decidiu prestar serviços a clientes brasileiros.

Em maio de 2014, o Jornal GGN levantou em um jornal suíço informações sobre as acusações que pairavam sobre Lenz, de conluio com a Lava Jato.

Agora, fica-se sabendo que, nas masmorras de Curitiba, executivos da Odebrecht foram instados a denunciar propinas para o presidente francês Nicolas Sarkozy. O método era o mesmo. Mantinham presos, pressionavam psicologicamente oferecendo como porta de saída fazer a delação que eles, procuradores, queriam.

Posteriormente, quando negociou com a Controladoria Geral da União, a Odebrecht negou qualquer negociação com Sarkozy.

Enquanto isto, o então PGR Rodrigo Janot tentou contratar Lenz como consultor. Outras imprudências foram tentadas no país até que o próprio Ministério Público suiço acabou com a brincadeira, mostrando os conflitos de interesse que rodeavam as ações de Lenz.Invalid PDF structure

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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