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Trava-se uma guerra intestina para devolver o país ao leito da legalidade. E o braço de guerra é o depoimento de Tacla Duran
Há uma enorme guerra civilizatória, de volta à institucionalidade. Dois eventos tiraram o país da institucionalidade. Um, a Lava Jato, com procuradores e juiz atropelando todas as normas do direito e passando a atuar politicamente. Aliados a eles, alguns desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4a Região. O outro, consequência direta, foi Jair Bolsonaro.
Trava-se, agora, uma guerra intestina para devolver o país ao leito da legalidade. E o braço de guerra é o depoimento de Tacla Duran, que poderia, finalmente, revelar a verdadeira história da Lava Jato.
Entre os aliados de Sérgio Moro no TRF4, montou-se uma verdadeira operação de boicote ao próprio Supremo Tribunal Federal, liderada pelo desembargador Alfredo Augusto Malucelli e alguns procuradores, procurando desesperadamente impedir o depoimento de Tacla Duran.
Ontem, houve a aposentadoria do Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Seu último ato foi uma decisão impedindo a prisão de Tacla, e permitindo que possa prestar seu depoimento. Malucelli esperou a aposentadoria de Lewandowski para ordenar a prisão de Tacla, medida não acatada pelo juiz Eduardo Appio, para se manter dentro da legalidade.
Tentou, também, de todas as maneiras colocar uma parceira de Moro, a juíza Gabriela Hardt, para o lugar de Appio. Ontem, Malucelli – que é conhecido como grande amigo de Moro – pautou três correições parciais contra Appio e colocou as três em sigilo – nem os acusados foram ouvidos, nem têm acesso a elas.
Ao mesmo tempo, na Comissão de Fiscalização e Controle, o deputado Deltan Dallagnol lidera movimento para impedir a convocação de Tacla Duran para depor sobre a Lava Jato.
São os últimos estertores do estado paralelo criado na última década.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)