É uma afronta ao jornalismo, à democracia, à Justiça e aos leitores”, define Moisés Mendes
A Folha decidiu, agora sem máscaras, que pode ajudar a ressuscitar Bolsonaro com a ajuda de um bandido internacional.
É uma afronta ao jornalismo, à democracia, à Justiça e aos leitores a chamada que o jornal exibe hoje na capa.
A Folha esconde a notícia sobre o esquema de extorsões da Lava-Jato em Curitiba, mas expõe com destaque a entrevista com Steve Bannon, o guru do fascismo mundial.
Um dia antes do anunciado retorno do acampado de Orlando, o jornal abre uma manchete contra Lula sobre a tentativa do governo de conter as fake news, e logo abaixo apresenta a entrevista com o gângster.
É como se, em meio aos cadáveres dos mortos pelo nazismo, um jornal pretensamente liberal abrisse espaço para que Joseph Goebbels falasse sobre as teorias, as crueldades e as mentiras de Hitler.
A Folha deu espaço para que Bannon exalte Trump e Bolsonaro, anuncie que Eduardo é o sucessor do pai e volte a atacar a eleição vencida por Lula.
A Folha sabe que o americano é um criminoso tratado como bandido mundial. E sabe que ele sempre esteve a serviço da extrema direita brasileira.
Mas fez a entrevista criminosa para que Bannon anuncie que Bolsonaro terá um retorno triunfal.
A entrevista programada ofende o TSE, principalmente o ministro Alexandre de Moraes, e todos os que resistiram contra a tentativa de golpe.
A Folha mostra que a guerra contra Lula não tem escrúpulos. Bannon não poderia ser entrevistado em momento algum.
Nenhum pregador do neonazismo pode ter palanque em jornais ou em qualquer espaço decente. E muito menos agora.
A Folha recorre a Bannon para que a volta de Bolsonaro seja anunciada oficialmente pelo chefe do esquema que o sustenta.
Bannon não é um político de extrema direita. É o grande gângster, o pensador remunerado da estrutura do fascismo e o animador dos propagadores de ódios, golpes e mentiras.
A entrevista é a marca que faltava para a guerra que a grande imprensa declarou a Lula desde antes da posse. Bannon carimba a investida das corporações de mídia contra Lula.
Ressuscitam Bolsonaro porque ele ainda é a única chance de enfrentamento de Lula.
Bannon é integrado à mesma turma que tenta inviabilizar o governo nos primeiros meses e já tem grileiros, banqueiros, garimpeiros, milicianos, a Faria Lima, Roberto Campos Neto, Arthur Lira, os Marinhos, os Frias e todos os manezões ainda soltos e impunes.
A Folha deu espaço para o porta-voz da morte e mostrou as unhas com uma entrevista encomendada para acordar as bases do bolsonarismo.
MOISÉS MENDES ” BLOB BRASIL 247″ ( BRASIL)