Com sua campanha contra o juiz Eduardo Appio, a jornalista Malu Gaspar colocou um alvo nas costas do juiz.
As acusações são ridículas. Appio é “acusado” de ter contribuído com R$ 13,00 para a campanha de Lula (o que ele nega) e de ter um login Lul22 para entrar no sistema. Jamais adotou qualquer posição pública de apoio a qualquer partido político. Participou de mais de dez programas na TV GGN Justiça e sua posição sempre foi de garantista, crítico da Lava Jato, mas sem manifestar preferência política.
Mesmo na hipótese de ter preferência política, as acusações são infames. Todo cidadão tem preferências políticas. A própria Malu sempre se alinhou com o Partido da Lava Jato. A questão é se o juiz – ou a jornalista – fazem proselitismo. E o máximo da acusação é de ele ter um login Lul22.
O MPF do Paraná, que protagonizou um dos episódios mais desmoralizantes da justiça brasileira, por sua cumplicidade com Sérgio Moro, foi atrás até de supostas mensagens de Appio no Twitter. Basta entrar no Twitter e procurar por Eduardo Appio. Aparecem 5 nomes. O primeiro é o de um jovem com 6 seguyidores e 5 tweets; o segundo, de alguém que entrou em 2011, tem 7 seguidores e nenhum tweet; o terceiro, que entrou em 2998 e tem 1 tweet; o 4o, um perfil com 4 seguidores que só retuita notas a favor der Ciro Gomes; o 6o, com um seguidor e nenhum tweet.
Curitiba é uma das cidades mais polarizadas do país, sede de inúmeros clubes de atiradores e caçadores. É berço da Lava Jato e do lavajatismo. Ao disseminar – no maior jornal do país – acusações levianas contra Appio, expõe o juiz e sua família a toda sorte de retaliações de lavajatistas e bolsonaristas.
O próprio Appio alerta: se acontecer alguma coisa com ele ou algum familiar, a responsabilidade moral será de Malu Gaspar.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)