Noticia-se, até por falta de um governo que seja capaz de ao menos dar conta de onde vai o seu chefe, que Jair Bolsonaro viajaria amanhã para os Estados Unidos, provavelmente para uma cidade do interior daquele país, onde possa passar praticamente ignorado durante um ou dois meses.
Seja amanhã ou depois a viagem e aquele ou outro o destino, pouca diferença faz: sai pela porta dos fundos de um governo que embora quase tenha sido reconduzido ao poder pelo voto do ódio, desmancha-se no espetáculo tragicômico do golpismo fracassado.
Mas, convenhamos que a ausência de Bolsonaro será uma “mudança climática” muito positiva para o Brasil.
Não haverá adeptos no cercadinho para despedirem-se do “Mito”, a não ser que consigam reunir alguns dos que se espalham como baratas diante da revelação de que era terrorismo o que se tramava em seus acampamentos na calçadas dos quartéis.
Não haverá a proteção obscena da Procuradoria Geral da República a seus crimes, agora que perde o foro privilegiado.
Não haverá, sobretudo, o catalisador de tudo o que de pior existe na sociedade brasileira a emitir todos os miasmas que tornaram irrespirável o ar deste país.
Este é o nosso dever ao retomar-se para a democracia o comendo deste país: abrir as janelas, arejar, cultivar o otimismo, a confiança, o otimismo.
Fazer isso não é uma ilusão, é prover a Nação do clima sem o qual ela não brota.
Os tolos, os medíocres, os mesquinhos estão presos a bobagens e perdem o sentido geral da mudança, que é o clima de transformação e esperança.
É por isso que cobram de Lula que fale de arrocho, de problemas, de limitações e não de um Brasil diferente.
O símbolo da selvageria, batido e frustrado, tem a hora de “Já ir embora”.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)