Presidente do TCU narrou pagamento ilegal do auxílio emergencial e deputado Janones relatou sobre o 7 de Setembro
A equipe de transição do governo Lula está descobrindo, aos poucos, os crimes e recursos gastos de forma ilegal pelo governo Bolsonaro ao longo dos últimos 4 anos. O presidente interino do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou que 79 mil militares receberam Auxílio Emergencial de forma ilegal do governo Bolsonaro, durante a pandemia.
A revelação consta do balanço feito pelo órgão e entregue ao vice-presidente eleito e coordenador da transição Geraldo Alckmin. No documento detalhado pelo GGN aqui, o TCU lista 29 áreas de “alto risco” deixadas pelo governo Bolsonaro para Lula, que ameaçam serviços e a sustentabilidade administrativa do país.
Na entrega do arquivo à equipe de transição do governo Lula, Dantas anunciou alguns dos erros graves cometidos pela gestão Bolsonaro. Ao narrar o caso do auxílio emergencial pago indevidamente aos militares, iniciou afirmando a falta de transparência sobre os pagamentos no Ministério da Cidadania.
“No início do pagamento do Auxílio Emergencial, a lista dos beneficiários estava disponível apenas para o Ministério da Cidadania. O TCU identificou logo no primeiro mês, mais de 79 mil militares que recebiam indevidamente o benefício”, narrou.
“Um dos critérios de elegibilidade era de que as pessoas fossem desempregadas, então quem era militar não podia receber aquele auxílio”, continuou Dantas.
R$ 4,7 milhões para o 7 de Setembro
Outro integrante da equipe de transição de Lula, o deputado federal André Janones (Avante-MG) escreveu em suas redes sociais que uma das primeiras descobertas ao acessar os dados do governo Bolsonaro foi que R$ 4,7 milhões foram pagos pelo governo federal para a aquisição de materiais usados no 7 de setembro, ilegalmente como ato de campanha.
Ele afirmou, também, que a equipe de transição está “levantando todos os crimes” de Bolsonaro e que o atual presidente “passou 4 anos roubando o dinheiro do povo e escondendo a sujeira debaixo do tapete”.
PATRICIA FAERMANN ” JORNAL GGN” ( BRASIL)