MOMENTO ZORRA TOTAL NA INDEPENDÊNCIA: COM CORO DE ” IMPROCHÁVEL” EM 7 DE SETEMBRO, BOLSONARO SUJEITA SUA “VIRILIDADE FRÁGIL” ÀS CRÍTICAS

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante desfile cívico-militar do 7 de Setembro de 2022, que comemora o Bicentenário (200 anos) da Independência do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante desfile cívico-militar do 7 de Setembro de 2022, que comemora o Bicentenário (200 anos) da Independência do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Momento Zorra Total, vexame, vergonha nacional: confira as reações ao discurso de Bolsonaro na Esplanada

Em pleno 7 de Setembro, aniversário do bicentenário de Independência do Brasil, o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), puxou um coro de “imbrochável” junto à militância que compareceu à Esplanada dos Ministérios, na manhã desta quarta, em Brasília. Nas redes sociais, entre juristas, jornalistas, políticos e outros formadores de opinião, o episódio foi classificado como vexatório e a “virilidade frágil” de Bolsonaro ficou sujeita às críticas.

A jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico, escreveu no Twitter: “No dia em que o ‘imbrochável’ transforma o bicentenário da independência numa ode à vergonha nacional, nunca é demais relembrar Simone de Beauvoir: ‘Ninguém é mais arrogante, violento, agressivo e desdenhoso contra as mulheres, que um homem inseguro de sua própria virilidade’”.

O jornalista Bernardo Mello Franco, de O Globo, descreveu a situação como coisa de comediante e afirmou que o ato na Esplanada – que deveria ser institucional, de Estado – foi um “comício”. “Momento Zorra Total no comício da Esplanada. Bolsonaro beija a primeira-dama e inicia um coro para si mesmo: ‘Imbrochável! Imbrochável! Imbrochável!’.”

A jornalista Vera Magalhães, que foi atacada pessoalmente por Bolsonaro no debate da Band, também comentou a vergonha nacional.

A jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, também resumiu o evento como comício eleitoral. Mais cedo, como o GGN mostrou aqui, até a primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, conferiu caráter eleitorado ao desfilo cívico-militar na Esplanada, ao bradar, junto à militância: “nossa bandeira jamais será vermelha”.

O jurista Lênio Streck ficou estarrecido com a conduta do presidente. Além de baixar o nível da cerimônia, Bolsonaro colocou o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, de escanteio, para dar protagonismo ao empresário bolsonarista Luciano Hang, investigado em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal por financiar atos contra a democracia.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT) viu o momento como um escárnio e um insulto à história do Brasil. “Brasil passando mais vergonha! O Bicentenário da Independência virou palanque eleitoral, sem representação política nacional, e o (Des)Presidente Miliciano faz um verdadeiro escárnio da Pátria brasileira, puxado o coro de ‘IMBROCHÁVEL’, em seu discurso.”

O ex-ministro da Saúde e deputado federal, Alexandre Padilha (PT), também comentou a situação:

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Mais cedo, Bolsonaro fez uma ameaça golpista ao dizer que o golpe de 1964 poderia se repetir em 2022. “Seguramente passamos por momentos difíceis, a história nos mostra: 22, 35, 64, 16 e 18. Agora em 22. A história pode repetir. O bem vencendo o mal”, afirmou em entrevista à TV Brasil.

Para finalizar, uma aula de gramática com o escritor Sergio Rodrigues, colunista da Folha:

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CÍNTIA ALVES ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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