CHARGE DE BENETT
As falas do ministro das Minas e Energia, na audiência pública que está tendo na Câmara dos Deputados, são mais da lenga-lenga do governo Bolsonaro, embora grite na porta do botequim que vai baixar os preços dos combustíveis, na prática, continua se escondendo no famoso “não posso fazer nada” para isso, pois está impedido pela lei. É claro que não há lei alguma que defina isto, mas apenas uma resolução votada dentro do próprio Conselho da Petrobras, a qualquer hora alterável pela maioria governista que há lá.
Veja o que disse Adolfo Sachsida:
— Eu entendo que muitos dos senhores são cobrados pela população, porque é difícil para a população entender por que o governo não interfere no preço dos combustíveis. E aqui eu preciso ser claro: não é possível interferir no preço dos combustíveis.
Quer dizer que o povo é burro e acha que o presidente da Republica indica o presidente e a maioria
Muito bem, então para que uma CPI da Petrobras? Porque Bolsonaro diz que não vai tolerar mais aumentos? Se a política de preços permanece igual e o governo não pode interferir, o que muda?
Não muda porque não é para mudar. José Paulo Kupfer, no UOL, explica porque, de forma sucinta:
“O resumo da história é o seguinte: Bolsonaro (e Lira) poderiam mexer na política de preços da Petrobras, só não mexem porque não querem ou porque têm medo de mexer, não com os preços dos combustíveis, mas com outros vespeiros políticos e econômicos.”
Eu diria, em adição: levando junto o que lhe é mais importante: um “inimigo” para apontar: a Petrobras, que age exatamente como ele a faz agir.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)