Acaba de ser lançado o IBRIC, uma consultoria privada de compliance, que se apresenta como ONG
Raul Jungmann foi membro atuante do governo Michel Temer. Coube a ele o papel de inserir os militares no jogo político, trazendo o general Sérgio Etchegoyen para a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).
O general foi o grande estrategista da ascensão do general Villas Boas e Braga Netto no jogo político. E coube a Michel Temer o papel de esfriar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) após a tentativa frustrada de golpe de Jair Bolsonaro, no dia 7 de setembro.
Agora, todos estão irmanados no rentável negócio do compliance – a consultoria visando melhor a imagem de empresas. Acaba de ser lançado o IBRIC, uma consultoria privada de compliance, que se apresenta como ONG
A entidade é presidida pelo general Etchegoyen. Jungman é Diretor de Relações Instiutionais. Advogada Geral da União durante o ínclito governo Temer, Grace Mendonça é Diretora de Integridade. O Conselho Deliberativo tem representantes das construtoras Mendes Jr e Andrade Gutiérrez.
O instituto tem como mercado especificamente o de infra-estrutura – não coincidentemente, o mais afetado pela Lava Jato.
Segundo o portal da empresa,
“Nosso negócio: capacitar e fortalecer as empresas do setor de infraestrutura no Brasil por meio da Autorregulação nas áreas de ética, integridade, governança e sustentabilidade.
Nosso campo de atuação: Empresas do setor de infraestrutura, compreendendo projetistas, construtoras, montadoras, concessionárias e operadoras de serviços públicos e privados, fornecedores, prestadores de serviços, consultores e especialistas do setor”.
Uma das propostas do instituto é melhorar a imagem institucional do setor:
“Representação dos associados com stakeholders nacionais e internacionais – ser um vetor de transformação da imagem do setor perante potenciais financiadores, clientes, agências de rating, governo, entre outros
Melhoria da imagem do setor perante investidores – contribuir para que os investidores internacionais e nacionais reconheçam a competência e capacidade das empresas que assumiram o compromisso da autorregulação no Brasil”.Veja mais sobre:compliance, etchegoyen, ong, Raul Jungmann
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)