QUEM OCUPA O PALÁCIO DO PLANALTO ?

CHARGE DE LATUFF

O áudio da irmã do capitão miliciano Adriano da Nóbrega, que foi divulgado essa semana nas redes sociais, em que diz que seu irmão sabia que já era ‘arquivo morto’, trouxe alguns desdobramentos que colocam o mais do mesmo na trama. 

O que se sabe é que quem mandou matar Marielle, supostamente também mandou matar seu assassino e, segundo a irmã do miliciano, pagou com cargos comissionados no Palácio do Planalto. 

A polícia sabe quem matou, mas não diz o nome do mandante porque vai ter que prendê-lo e, pelo o que parece, devido as circunstâncias, é alguém poderoso ou filho de poderoso. 

Ronnie Lessa, vizinho de Jair Bolsonaro no Condomínio Vivendas da Barra, acusado e preso por ter executado Marielle e Anderson segue, por enquanto, como assassino ‘oficial’, porém não se sabe até quando. 

Sobre Adriano, o miliciano, sabe-se que era amigo dos Bolsonaro, tendo sido condecorado com a medalha Tiradentes pelo então deputado Flávio Bolsonaro.  

O MP do Rio denunciou a mãe de Adriano e sua ex-mulher pelo esquema das ‘rachadinhas’ no gabinete de Flávio. Todos unidos pelo mesmo objetivo: roubar os cofres públicos! 

Um dos protagonistas dessa trama encoberta pela justiça é Fabrício Queiroz. O amigo do presidente desarvorou-se no papel de advogado e postou vídeo defendendo Jair da acusação da irmã de Adriano. 

Para rebater o áudio em que a irmã de Adriano diz que “já haviam cargos comissionados no Planalto pela vida dele”, Queiroz disse que ela se enganou ao dizer Planalto, na verdade ela quis dizer “Palácio Guanabara”, desviando o crime para o colo de Wilson Witzel, governador do Rio na época que se elegeu na onda bolsonarista. 

Quando mais falam mais se comprometem. Em sua live semanal, Bolsonaro questionou o áudio sobre o assassinato de Adriano e se entregou: “que motivos eu teria para mandar matar Marielle”? Em nenhum momento a irmã de Adriano fala em Marielle Franco, o presidente foi traído por sua consciência, passando recibo de culpa. 

Para fomentar a trama, lembremos que no dia da ‘queima de arquivo’, Eduardo Bolsonaro estava na Bahia, onde ocorreu a execução de Adriano pela polícia baiana. Também deve ter sido coincidência a presença de Carlos Bolsonaro e Adélio Bispo no mesmo clube de tiros, dias antes da farsa da facada. 

Ao que parece, segundo as evidências, basta descobrir quem é o ocupante do Palácio do Planalto para se chegar a todas as respostas. 

RICARDO MEZAVILA ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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