A IMAGEM DE BIDEN COMEÇA A PERDER OS GANHOS COM A GUERRA

O índice geral de aprovação de Biden caiu para 40%, o nível mais baixo de sua presidência, contra 54% de desaprovação. 7 em cada 10 americanos mostram baixa confiança na capacidade de Biden de lidar com a invasão da Ucrânia

Só a inacreditável parcialidade da mídia corporativa brasileira para conferir a Joe Biden o tratamento de estadista.

Conforme mostramos em outros artigos, Biden é um falcão, um político medíocre que sempre se valeu da guerra como forma de transmitir força.

Conforme contamos em vários artigos

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Desde seus tempos de vice-presidente de Barak Obama, Biden – e seu assessor e atual Secretário de Estado, Antony Blinken – foram estimuladores da guerra e se beneficiaram dela.

Com os EUA tendo participação direta no golpe de Estado de 2014, na Ucrânia, Biden conseguiu uma sinecura de 50 mil dólares para seu filho. Por sua vez, desde o fim do governo Obama, Blinken montou consultorias bélicas e um private equity que captou US $120 milhões no mesmo momento em que ficou consolidada a vitória de Biden e a expectativa de Blinken ser indicado Secretário de Estado.

Com um ano de governo, Biden conseguiu os mais baixos índices de aprovação de um presidente americano no seu primeiro ano. Era óbvio que a guerra foi a maneira de tentar reconquistar popularidade e contornar a perda de maioria no Congresso e no país.

Em Um relato definitivo da guerra, por um coronel suíço, publicamos o artigo de um coronel suiço, que já serviu à ONU e à OTAN sobre a maneira como os EUA de Biden e Blinken praticamente empurraram a Rússia para a guerra.

Passado o impacto inicial da guerra, começa a cair a ficha da opinião pública americana e da mundial, ainda lentamente. Mais alguns dias cairá a dos analistas internacionais brasileiros, que só refazem sua opinião por efeito-demonstração. São incapazes de identificar tendências ou fatos em movimento. Só depois do fato consumado, cai a ficha.

A queda da popularidade

Pesquisa da NBC News, que acaba de sair, apurou que 7 em cada 10 americanos mostram baixa confiança na capacidade de Biden de lidar com a invasão da Ucrânia, 8 em cada 10 mostraram preocupação com o aumento dos preços do gás e com o risco de uma guerra nuclear. E a maioria esmagadora acredita que o país está indo na direção errada e desaprovam a maneira como Biden lida com a economia. 71% acreditam que o país está indo na direção errada contra 22% dos que acreditam na direção certa,

Aqui, a íntegra da pesquisa.

O índice geral de aprovação de Biden caiu para 40%, o nível mais baixo de sua presidência, contra 54% de desaprovação.

A erosão no índice de aprovação de Biden tem sido generalizada entre os principais grupos demográficos, incluindo entrevistados negros (de 64% aprovam em janeiro para 62% agora), mulheres (de 51% aprovam para 44%), latinos (de 48% para 39% por cento) e independentes (36 por cento a 32 por cento). Mesmo assim, provavelmente em função do anti-trumpismo.

“O que esta pesquisa diz é que o presidente Biden e os democratas estão caminhando para uma eleição catastrófica”, disse o pesquisador republicano Bill McInturff, da Public Opinions Strategy, que conduziu essa pesquisa com o pesquisador democrata Jeff Horwitt, da Hart Research Associates. 

Houve aumento dos que aprovam a maneira de Biden combater a pandemia do Covid-19 e quase 80% aprovaram a decisão de Biden de proibir o petróleo russo.

A reação de Macron

A irresponsabilidade de Biden, de acirrar o confronto, mereceu uma chamada dura do presidente francês, Emmanuel Macron. Segundo a revista Newsweek, em entrevista a um canal de televisão 3 TV, Macron fez uma advertência em relação às provocações de Biden contra Putin – chamado o russo de de “açougueiro” e afirmando que ele não pode mais permanecer no poder. 

Rapidamente a Casa Branca decidiu corrigir as declarações, mas já haviam se espalhado pelo mundo.

“Queremos parar a guerra que a Rússia lançou na Ucrânia sem escalada – esse é o objetivo. Se é isso que queremos fazer, não devemos escalar as coisas – nem com palavras nem com ações”, disse Macron.

Uma das reações foi do deputado Jim Jordan, republicano de Ohio. “Precisamos ser precisos nas coisas que dizemos, principalmente o comandante em chefe do nosso país”/

Já o senador Jim Risch, republicano de Indiana, acusou Biden de “sair do roteiro” das declarações preparadas pela Casa Branca – algo que os brasileiros conhecem bem, da atuação de Bolsonaro. “Acho que a maioria das pessoas que não lidam com relações exteriores não percebem que aquelas nove palavras que ele pronunciou causariam o tipo de erupção que causaram. a política era a mudança de regime, vai causar um grande problema.”

O coro foi ampliado com o senador Tom Cotton, republicano de Arkansas.

O senador Tom Cotton, republicano do Arkansas, reparou que o presidente “parecia improvisar lá” e disse “algo que Vladimir Putin agora usará por suas razões para dizer ‘veja, eu lhe disse o tempo todo que os Estados Unidos e a OTAN querem atacar a Rússia, querem derrubar nosso governo’”.

“No entanto, sua equipe imediatamente se virou e voltou, então você tem o pior de todos os mundos possíveis”, acrescentou. “Não é tranquilizador para nossa segurança ou para nossos aliados.”

Aliás, o maior sinal do fim da hegemonia americana é a sucessão de presidentes medíocres, com Joe Biden sucedendo a Donald Trump, ambos exercitando discursos de ódio e sem a menor dimensão para um programa de recuperação do prestígio do país.Veja mais sobre:Antony BlinkenEmmanuel Macronguerra na ucrâniaJoe Biden

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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