Em vez de destruição e criação de armas cada vez mais mortíferas, os países deveriam proteger suas populações, desenvolver a educação, as artes, as ciências, e preservar a espécie humana.
O mundo, gente e matéria, está sendo agredido mortalmente por hordas de soldados qualificados, agindo como autômatos conduzidos pelo presidente da Rússia. Incertos quanto às justificativas para suas atitudes insanas, matando homens, mulheres e crianças e destruindo o território onde eles nasceram e vivem, na Ucrânia. Com muito trabalho e sacrifícios, há séculos ali estabeleceram sua civilização.
Mudaram as armas, mais mortais e capazes de liquidar a humanidade em pouco tempo. Se houver recursos às armas nucleares, as quais todas as grandes potências hoje dispõem, poderão sobreviver poucos exemplares de seres humanos, animais, vegetais e toda a chamada Terra, com seus 7,5 bilhões de habitantes. As guerras não têm causas nobres nem justas. Salvo as decorrentes de combate aos responsáveis por crimes perpetrados contra a humanidade ou parte dela, como acontece agora.
Vivemos mais uma dessas etapas, a pretextos inaceitáveis. A maior potência bélica do mundo, que tem colecionado também os mais inescrupulosos governantes, a seu bel prazer, decidiu destruir a Ucrânia. A Rússia gigantesca e ditatorial contra um país médio que deseja ficar mais ligado à Europa civilizada, como sua população. Desejo de outros países da mesma região.
O troglodita Putin mentiu por vários dias dizendo que não haveria invasão e depois mandou 150 mil soldados e cem tanques, aviões supersônicos e mísseis para destruírem a Ucrânia. Não eram soldados, como nas antigas guerras. Eram assassinos, preparados e enviados para matar quem lhes aparecesse à frente na conquista do país. Indignada, a população mundial testemunhou o absurdo pela mídia e solidarizou-se na defesa do povo ucraniano. A Rússia está isolada do mundo desde então.
As mulheres e crianças estão sendo levadas para países vizinhos que as acolheram. Os homens ficaram para lutar, ao lado do exército ucraniano. Os assassinos despachados pelo oligarca russo com cara de múmia continuam chegando para matar mais. Na Rússia, quem demonstrar simpatia pela Ucrânia ou solidariedade ao seu povo pode acabar na cadeia. E as informações livres são cerceadas à população.
De fato, o que lá acontece não é exatamente uma guerra, pois um lado não tem meios de se defender, nem adotou ação provocativa contra a Rússia. É o esforço de uma população para salvar-se da invasão, enquanto suas cidades vão sendo arrasadas. Mães e filhos caminham pelas ruas gélidas, até encontrarem um trem ou ônibus que as levem para país vizinho. Sobreviver ao putinismo, como foi ao comunismo será difícil, mas deverão conseguir.
Avaliações históricas, geopolíticas, estratégicas e quaisquer outras sobre a motivação de mais uma guerra são dispensáveis. Mais do que todas elas, importa mesmo é alertar para o fato de que milhares de pessoas estejam sendo assassinadas, cidades destruídas, população amedrontada.
Homens, mulheres e crianças estão morrendo a tiros, bombas, destruição de prédios e possível radioatividade emanada de usina nuclear atingida em território ucraniano. Isso é o que jamais a comunidade internacional, especialmente as grandes potências, não poderiam jamais ter deixado acontecer. É preciso haver união contra a barbárie e os governantes psicopatas.
Importa que grandes conquistas da humanidade, produzidas por tantos países nas ciências, nas artes, na educação, em todos os setores da criação, aproximou os povos entre si. Ainda não, todavia, de forma permanente. Será necessário liquidar o ódio, a maldade intrínseca de governantes anormais, evitar disputas. Entender que numa dessas crises que acabam em guerra o mundo e seus habitantes podem desaparecer, com a explosão de bombas nucleares.
Ao longo de séculos a humanidade se desdobrou em civilizações que deveriam ter sido preservadas e desenvolvidas. Não faltaram guerras para destruí-las. Continuamos crescendo e desenvolvendo, embora a relação entre alguns países seja problemática. A depender dos ditadores de plantão, como na Rússia.
Em vez de destruição e criação de armas cada vez mais mortíferas, os países deveriam proteger suas populações, desenvolver a educação, as artes, as ciências, e preservar a espécie humana. Impossível acreditar que os países não possam viver numa comunidade global.
Putin, antecedido por Hitler e Stalin, todos da mesma corja de assassinos, também entrará para a História como um dos ditadores que tentaram destruir o mundo e a humanidade. Com o avanço dos artefatos nucleares esse já não é mais um pesadelo impossível de acontecer.
JOSE FONSECA FILHO ” BLOG OS DIVERGENTES” ( BRASIL)
–José Fonseca Filho é jornalista