O CASO DOS CAÇAS GRIPIN, O FIM DE UMA OPERAÇÃO ABUSIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Pouco importa se a proposta de prorrogação dos incentivos partiu de lideranças do PSDB, com o apoio de todas as lideranças no Senado, e se a escolha do Gripen foi exclusivamente da Aeronáutica.

A decisão do Ministro Ricardo Lewandowski, de anular o inquérito da compra de caças Gripen, acaba com uma das investigações mais estúpidas que a Lava Jato, versão Brasília, produziu.

A escolha do Gripen obedeceu a critérios técnicos – a possibilidade de transferência de tecnologia -, foi decidida exclusivamente pela Aeronáutica, superou dois lobbies tremendos, o dos franceses da Dassault e os americanos do FX.

Enquanto as investigações limitaram-se à FAB, ninguém foi besta de encontrar pêlo em ovo.

Essa conclusão ficou nítida nas próprias conversas divulgadas pela Vaza Jato.

21 Sep 16

• “12:56:41 Orlando SP Sobre os caças. Nada de anormal na escolha. Tinha escolha normal, mas dentro da aeronáutica a questão foi vista mais como uma opção política, justificável em razão de transferência de tecnologia. Não correu boato sobre a escolha. Houve um upgrade no equipamento, depois de fechado o contrato, no valor aproximado de 1 bi. O detalhe é que uma empresa brasileira do RS foi contratada para auxiliar na implementação dos programas, transferência de tecnologia etc., mas o boato aí é que tinha favorecimento para filho de brigadeiro. A questão, entretanto, foi investigada pelo MP(F) e arquivaram a questão”.

Na sequência houve a análise de documentos apreendidos pela Operação Zelotes no escritório do lobista Mauro Marcondes – que havia patrocinado um campeonato organizado por um dos filhos de Lula.

Constatou-se que Marcondes tinha como clientes empresas do setor automobilístico – beneficiadas pela prorrogação de incentivos fiscais para produção fora do Sudeste – e também a Saab Scania, proprietária do Gripen.

Pouco importa se a proposta de prorrogação dos incentivos partiu de lideranças do PSDB, com o apoio de todas as lideranças no Senado, e se a escolha do Gripen foi exclusivamente da Aeronáutica.

O caso foi reaberto pelos procuradores Hebert Mesquita, Frederico Paiva e Anselmo Lopes e pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira,  da 10ª Vara Federal. Segundo a denúncia, Lula teria interferido na licitação entre 2013 e 2015 – quando não ocupava nenhum cargo público.

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LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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