O IMPÉRIO DA MENTIRA

CHARGE DE AROEIRA

Não obstante o início do ano eleitoral, Bolsonaro continua o mesmo radical na sua empreitada de difusão de mentiras.

Desde o primeiro dia depois da sua eleição, ele não está preocupado com a democracia, nem com o povo brasileiro, mas com sua perpetuação no poder.

Para tanto, o mais relevante para ele (mesmo remendando sua base política de apoio como no pseudo-casamento com o centrão) e sua principal ocupação é manter uma forte aderência com a sua base de extrema-direita.

Esse grupo bolsonarista é algo em torno de 20% dos eleitores, o que lhe garante um segundo turno no pleito, caso Lula não fature no primeiro turno.

Registre-se que as pesquisas de intenção de voto sinalizam claramente que os eleitores brasileiros não querem saber de terceira via. Mais de 60% do eleitorado já definiu seu voto a Lula (maioria) e a Bolsonaro. Este é o ponto que indica a pouca chance de um novo outsider aparecer, e a dificuldade dos atuais pretendentes que disputam essa via fictícia decolarem.

Mesmo constatando que o antibolsonarismo, em grande medida, substituirá o antipetismo neste ano, sabemos também que Bolsonaro é uma cópia de Donald Trump, assim como tentam ser outros autocratas da extrema-direita mundo afora.

Trump criou o que podemos chamar de o império da mentira. Com a ajuda de Steve Bannon e a ampliação do alcance das redes sociais,

implantou uma forma de governar baseada na difusão alarmante de fake news. Utilizando estratégias de guerra híbrida, baseadas em ideias que incidem fortemente sobre crenças, emoções,  religião e medo, essa estratégia é capaz de convencer grandes parcelas da população a acreditarem em teorias sem base na realidade factual, mas que parecem dogmas inquestionáveis.

Recentemente, quando se lembrou o primeiro ano de invasão do Capitólio, a rede de televisão ABC divulgou uma pesquisa na qual mais de 50% dos eleitores do Partido Republicano estadunidense acreditavam que o episódio de 6 de fevereiro de 2021 não foi uma ameaça à democracia. Ao contrário, era para defender a democracia como mentia descaradamente Trump. 

Esse exemplo deixa claro que a adesão a discursos fantasiosos, mas capazes de agregar milhões de pessoas, foi uma técnica bem sucedida de Trump. Aliás, mesmo sem cargo público e depois de tudo o que fez, Trump continua sendo o principal nome de seu partido para as próximas eleições presidenciais.

Voltemos nossos olhares para o Brasil: é claro, como a luz do sol, que Bolsonaro continua se inspirando no seu muso, o rei ocasionalmente sem trono do império da mentira. As constantes trocas de figurinhas entre os filhos de Bolsonaro e outros filhotes trumpistas confirmam essa tese. 

Não por acaso, mesmo a imensa maioria dos brasileiros aprovando a vacinação e num ano eleitoral, Bolsonaro prossegue com seu discurso antivacina e anticiência.

 Ou seja, para ele o que importa é manter os 20% de eleitores mobilizados, essa parcela significativa de brasileiros que foram contaminados não necessariamente pela Covid-19,  mas certamente com seu universo paralelo de lorotas sem fundamento.

Certamente, Bolsonaro tentará fazer o que Trump fez nos Estados Unidos. Ele confia que parte significativa das Forças Armadas, segmentos militares, empresários e capitalistas predadores, grupos radicais da classe média, fundamentalistas religiosos e outros setores que nunca tiveram compromisso para democracia o apoiarão numa empreitada golpista.

Neste sentido, é mais do que importante novamente alertar: Bolsonaro continua sendo o maior e mais preocupante perigo à democracia brasileira e se seus ataques às eleições, às instituições democráticas, à ciência (levando inclusive milhares de pessoas à morte) não forem barrados, teremos tempos sombrios na nossa história republicana. Porque democracia há muito não a temos.

Não se trata de profecia. Basta simplesmente olhar para o céu…

Não obstante o início do ano eleitoral, Bolsonaro continua o mesmo radical na sua empreitada de difusão de mentiras.

Desde o primeiro dia depois da sua eleição, ele não está preocupado com a democracia, nem com o povo brasileiro, mas com sua perpetuação no poder.

Para tanto, o mais relevante para ele (mesmo remendando sua base política de apoio como no pseudo-casamento com o centrão) e sua principal ocupação é manter uma forte aderência com a sua base de extrema-direita.

Esse grupo bolsonarista é algo em torno de 20% dos eleitores, o que lhe garante um segundo turno no pleito, caso Lula não fature no primeiro turno.

Registre-se que as pesquisas de intenção de voto sinalizam claramente que os eleitores brasileiros não querem saber de terceira via. Mais de 60% do eleitorado já definiu seu voto a Lula (maioria) e a Bolsonaro. Este é o ponto que indica a pouca chance de um novo outsider aparecer, e a dificuldade dos atuais pretendentes que disputam essa via fictícia decolarem.

Mesmo constatando que o antibolsonarismo, em grande medida, substituirá o antipetismo neste ano, sabemos também que Bolsonaro é uma cópia de Donald Trump, assim como tentam ser outros autocratas da extrema-direita mundo afora.

Trump criou o que podemos chamar de o império da mentira. Com a ajuda de Steve Bannon e a ampliação do alcance das redes sociais,

implantou uma forma de governar baseada na difusão alarmante de fake news. Utilizando estratégias de guerra híbrida, baseadas em ideias que incidem fortemente sobre crenças, emoções,  religião e medo, essa estratégia é capaz de convencer grandes parcelas da população a acreditarem em teorias sem base na realidade factual, mas que parecem dogmas inquestionáveis.

Recentemente, quando se lembrou o primeiro ano de invasão do Capitólio, a rede de televisão ABC divulgou uma pesquisa na qual mais de 50% dos eleitores do Partido Republicano estadunidense acreditavam que o episódio de 6 de fevereiro de 2021 não foi uma ameaça à democracia. Ao contrário, era para defender a democracia como mentia descaradamente Trump. 

Esse exemplo deixa claro que a adesão a discursos fantasiosos, mas capazes de agregar milhões de pessoas, foi uma técnica bem sucedida de Trump. Aliás, mesmo sem cargo público e depois de tudo o que fez, Trump continua sendo o principal nome de seu partido para as próximas eleições presidenciais.

Voltemos nossos olhares para o Brasil: é claro, como a luz do sol, que Bolsonaro continua se inspirando no seu muso, o rei ocasionalmente sem trono do império da mentira. As constantes trocas de figurinhas entre os filhos de Bolsonaro e outros filhotes trumpistas confirmam essa tese. 

Não por acaso, mesmo a imensa maioria dos brasileiros aprovando a vacinação e num ano eleitoral, Bolsonaro prossegue com seu discurso antivacina e anticiência.

 Ou seja, para ele o que importa é manter os 20% de eleitores mobilizados, essa parcela significativa de brasileiros que foram contaminados não necessariamente pela Covid-19,  mas certamente com seu universo paralelo de lorotas sem fundamento.

Certamente, Bolsonaro tentará fazer o que Trump fez nos Estados Unidos. Ele confia que parte significativa das Forças Armadas, segmentos militares, empresários e capitalistas predadores, grupos radicais da classe média, fundamentalistas religiosos e outros setores que nunca tiveram compromisso para democracia o apoiarão numa empreitada golpista.

Neste sentido, é mais do que importante novamente alertar: Bolsonaro continua sendo o maior e mais preocupante perigo à democracia brasileira e se seus ataques às eleições, às instituições democráticas, à ciência (levando inclusive milhares de pessoas à morte) não forem barrados, teremos tempos sombrios na nossa história republicana. Porque democracia há muito não a temos.

Não se trata de profecia. Basta simplesmente olhar para o céu…

ROBSON SÁVIO REIS DE SOUZA ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)

Doutor em Ciências Sociais e pós-doutor em Direitos Humanos

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