A tragédia da Bahia tem um responsável: o Ministro de Estado de Minas e Energia , Almirante de Esquadra Bento Albuquerque e a equipe de generais responsável pelas ações da Presidência da República. É mais um capítulo da tragédia administrativa imposto ao país, pela militarização da gestão civil.
Na fase de falta de águas, a maior providência do Almirante foi convocar o médium Cacique Cobra Coral, para fazer chover.
É de sua responsabilidade o monitoramento das barragens no país. Desde o início do mês, climatologistas já alertavam para a tragédia que se avizinhava na Bahia.
O comentário abaixo foi divulgado por volta do dia 13 de dezembro. Alertava que haveria uma janela de uma semana antes que a tragédia se abatesse sobre a Bahia.
Nenhuma medida preventiva foi tomada. Era de responsabilidade do MME e dos generais que conduzem o governo.
A bússola principal é o MLT (Média de Longo Termo), uma média de energia natural afluente, calculada a partir de uma série histórica. O Nordeste estava sempre com previsão de 65% do MLT. Nas últimas semanas, saltou para 119.
O trabalho natural do MME seria verificar barragens e açudes. Dependendo da segurança do açude, haveria a verificação sobre o sangradouro (onde vaza o excesso de água) para saber se estava funcionando ou não, e providenciar ajustes para evitar o rompimento.
Todas as informações estavam disponíveis nas páginas da ONS (Operador Nacional do Sistema). Logo, o Almirante e os generais não poderiam alegar desconhecimento.
Desde outubro, as águas vinham caindo em proporção cada vez maior, praticando triplicando do final de outubro até meados de dezembro.
Deixaram chover e explodir tudo para liberar as verbas.
Nos próximos dias, poderão começar a romper barragens no norte de Minas Gerais. As águas estão batendo no topo.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)