Rainier Bragon e Daniela Brant, na Folha, tentam descrever o que seria um esforço do “bloco de partidos que defendem a terceira via a tentar promover expurgos de bolsonaristas“.
Lamentavelmente, salvo caso pontuais, isso não existe.
O “coeficiente de bolsonarismo” vai ser determinado pela campanha eleitoral: se o atual presidente se mantiver competitivo e favorito, no campo da direita, a ir ao segundo turno, e serão puxadores de votos; ao contrário, se o “Mito” murchar mais e a economia (leia-se, a inflação) continuar amaldiçoando a vida da população, o próprio bolsonarismo, salvo nos casos patológicos, encolherá e cada um tentará salvar o seu pescoço posando de “dissidente”.
Não há a menor possibilidade de, fracos como estão, candidatos da quase extinta 3ª Via, pretenderem “passar o rodo” nos bolsonaristas de seus partidos e redes de apoio.
João Doria pode fazer uma ofensiva contra a ala de Aécio Neves no PSDB? Sergio Moro pode mandar passear notórios bolsonaristas, como Eduardo Girão e Marcos do Val, que a CPI mostro não só “bolsonáricos”, mas “cloroquínicos”? Nem mesmo Ciro Gomes, que agiu com firmeza quando a maioria da bancada do PDT votou com o governo tem como esticar esta corda até arrebentá-la.
Haverá, aqui e ali, troca-trocas de legenda, por falta de espaço eleitoral. Mas expurgo, nem pensar.
Os movimentos dos políticos, agora, é de ciscar par lá e para cá em relação a Bolsonaro e de trocar sorrisos com Sérgio Moro, para ver no que dá sua candidatura.
Moro pode ter a vitrine que a mídia lhe dá, mas Jair Bolsonaro detém o almoxarifado eleitoral.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)