Os dados completos da pesquisa do Atlas Político sobre as eleições presidenciais, cujos os resultados dos principais candidatos você vê aí em cima, trazem algumas boas informações par análise.
Lula ganha em todas as regiões do país, em todas as faixas de idade e de escolaridade e perde – ainda que de pouco – na classe média baixa – renda entre R$ 2 mil e R$ 5 mil – e entre os evangélicos, aí com boa margem: 47% a 34%.
E tem bons resultados em São Paulo, onde atinge 38% das intenções de voto, contra 29% de Bolsonaro e 19 %de Sergio Moro. Lembre-se que, em 2006, Lula venceu com menos que isso: 36,77 no primeiro turno.
Ainda em São Paulo, é espantoso o fraquíssimo desempenho de João Doria, que alcança apenas 3% das intenções de votos dos paulistas. Para um governador do Estado, um desempenho abaixo de qualquer um na história.
Moro, que não tem votos entre os pobres e no Nordeste mas desbanca Bolsonaro entre os mais ricos (renda acima de R$ 10 mil), com 30%, bem mais que os 22% de Bolsonaro e, ainda assim, abaixo de Lula (34%).
Como estes não chegam a ser um entre cada 20 brasileiros, pouco adianta no resultado final, no qual Bolsonaro conserva boa vantagem sobre seu ex-colaborador, que vive um período de superexposição e, claro, até agora uma sobreavaliação de seu capital político, inflado apenas pela mídia.
As simulações de segundo turno, na pesquisa Atlas, dá ao ex-juiz um potencial de votos menor que o de Bolsonaro num enfrentamento direto com Lula. O atual presidente perderia de Lula (50,5%) por 14,5 pontos de desvantagem, enquanto o ex-juiz seria derrotado com 17,2 pontos.
Ciro Gomes parece inapelavelmente atrofiado, na casa dos 6%, da qual é mais fácil cair do que subir, pela longa exposição de sua candidatura.
Candidatura é como avião: se a velocidade fica muito baixa, ela perde sustentação e começa a cair .
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)