Um dos pontos centrais de um país democrático é o acesso geral a notícias verdadeiras e análises sobre elas, em cima de princípios civilizatórios. A busca objetiva dos fatos – e seu posterior julgamento, de acordo com critérios civilizatórios – é o marco fundador de qualquer sociedade democrática.
Ao longo de todo o século 20, esse papel de informar a opinião pública foi exercido pela imprensa. Os grupos de mídia se constituíram no maior influenciador da opinião pública, mais do que as igrejas, os partidos políticos e os sindicatos.
Com o advento das redes sociais, seu reino passou a ser ameaçado pelos chamados influenciadores, por esquemas profissionais coordenados por algoritmos. A partir da Fox News, a parte mais inescrupulosa da mídia decidiu comportar-se como um mero influenciador de redes sociais, explorando os movimentos de manada.
Agora, ingressa-se em uma nova etapa, na qual as fakenews se tornaram o padrão, e os julgamentos tendem a seguir apenas chavões disseminados por algoritmos – ampliando o uso abusivo das manchetes escandalizantes.
Ao longo de toda a década de 1990, a par de meu trabalho de jornalista econômico, tratei de entender e enfrentar os movimentos de linchamento público. Escrevi um livro, “O Jornalismo dos anos 90” no qual analisei os piores linchamentos do período, Escola Base, Bar Bodega, CPI dos Precatórios e a própria campanha do impeachment – apesar de ter sido alvo de represálias seguidas de Fernando Collor, em relação a meu programa independente, “Dinheiro Vivo”, na TV Gazeta. Em todos os casos, fiquei sozinho fazendo o contraponto, até que a unanimidade se desfizesse.
Sempre me impressionaram esses movimentos de opinião pública, nos quais cidadãos pacatos se transformam em terríveis vingadores, desejando a morte e a destruição do alvo. Impressionava-me, especialmente, a maneira como a mídia se curvava ao primeiro movimento de manada, alimentando o instituto animal dos seus leitores, sem nenhuma coragem de investir contra a onda formada, ao contrário, explorando a selvageria.
Esse movimento ajudou a erigir, tijolo a tijolo, a catedral da intolerância na qual se aboletou o bolsonarismo. O instrumento final foi a parceria mídia-Lava Jato, que consagrou o primado das narrativas construídas a golpes de fórceps, por cima dos direitos e da busca objetiva da verdade dos fatos.
Agora, vou enfrentar um desafio interessante, o caso Prevent Senior, mesmo porque, no lado linchador estão muitos dos companheiros de resistência, dos tempos sombrios do lavajatismo.
Vamos, então, ao duro exercício de buscar a verdade objetiva dos fatos. O primeiro passo é entender a lógica dos grupos de mídia de massa.
Peça 1 – a lógica dos grupos de mídia
Grupos de mídia são empresas privadas cujos movimentos atendem, prioritariamente, seus interesses empresariais. Um dos primeiros pensadores sobre a comunicação de massa, Ortega y Gasset, que a primeira responsabilidade de um veículo de mídia deveria ser com sua própria sobrevivência – ou seja, seus interesses financeiros.
É esse o ponto essencial para analisar os movimentos de mídia.
Há várias maneiras da mídia atuar, em defesa de seus interesses.
1. A reputação
É medida pela maior ou menor capacidade de influenciar poderes ou votos. Mais reputação dá mais poder de influenciar o sistema e o passe fica valorizado. A reputação se torna negócio quando colocado a serviço de interesses setoriais. É o caso da subordinação da mídia brasileira ao chamado mercado financeiro.
No início da criação das grandes redes de jornais norte-americanos, por exemplo, grupos econômicos, com interesse em Cuba, acertaram com as duas maiores redes de jornais do país – a de Randolph Hearst e de Joseph Pulitzer – uma cobertura para estimular uma guerra contra a Espanha. Conseguiram pressionar o presidente da República a declarar guerra.
Em mercados mais competitivos, os chamados jornais de opinião se auto-policiam. Se um sai da linha, é denunciado pelo competidor. Em mercados oligopolizados ou cartelizados, a auto-regulação não funciona. É o caso do Brasil.
2. O escândalo midiático
O escândalo midiático tem dois objetivos.
Contra pessoas físicas, o escândalo ajuda a vender jornais. Contra empresas, ajuda a dobrar recalcitrantes e a conquistar futuros anunciantes.
Confira aqui uma das primeiras explorações do escândalo, em larga escala, que levou ao sacrifício do ator de Hollywood mais prestigiado na época. Denúncias falsas, testemunhos falsos, manchetes escandalosas. Anos depois, apurou-se que tudo não passara de exploração abjeta da mídia. Mas o mal estava feito.
Foi a inauguração de um estilo que se repetiria por todo o século 20 e 21.
3. As notícias falsas
Para o escândalo, o caminho mais tosco é a chamada notícia falsa.
Na guerra dos Estados Unidos contra a Espanha, recorreu-se a tudo, até às acusações de que os espanhóis praticavam canibalismo. Os jornais conseguiram a guerra, a derrota da Espanha e permitiram, aos seus patrocinadores, fechar grandes negócios na ilha.
4. A escandalização
Um caminho alternativo – mas tão nefasto quanto – é o da escandalização, o exercício de tratar como escândalo qualquer episódio banal. Por exemplo, transformar em escândalo a compra de tapioca com cartão corporativo – como fizeram com o então Ministro dos Esportes, Orlando Silva.
Esse estratagema está bastante presente na nossa análise de caso de hoje.
5. A chantagem
Na sua fase agônica, a Editora Abril recorria a ameaças explícitas para viabilizar os negócios paralelos em que se meteu. É quando todos os filtros são eliminados e se passa ao terreno da chantagem explícita. No meu livro “O caso Veja”, relato esse movimento.
Peça 2 – as empresas com ou sem mídia
O segundo ponto a analisar é a maneira como a mídia trata empresas que anunciam e empresas que não anunciam, preferindo outros meios de promoção.
Há um princípio editorial que reza que todas as empresas, anunciantes ou não, devem receber o mesmo tratamento. É o que se lê na Carta de Princípios de O Globo.
Na prática, não é bem isso.
Vamos a algumas análises de caso.
A Caso TAM
A TAM inseria-se no segundo grupo, das empresas que faziam seu marketing ao largo dos grandes grupos de mídia. O comandante Rolim montou um serviço de bordo de primeiríssima e focava seu marketing nos funcionários das grandes corporações. Recorria pouco a publicidade de massa, especialmente na TV aberta, já que buscava um público mais segmentado.
Quando houve o acidente da TAM, foi alvo de uma campanha inclemente da Globo. Entrevistaram um suposto piloto, que teria sido demitido da companhia, abriram os microfones do Jornal Nacional e permitiram a ele dizer o que queria – sem checar e sequer sem se identificar.
Uma das acusações é que Rolim obrigaria os pilotos a voarem sem um requisito básico de segurança. Quando a denúncia saiu no principal jornal da emissora, Wagner Canhedo, dono da VASP, pediu a um assessor para marcar um almoço com Rolim. Ambos não se davam. Mas Canhedo explicou os motivos: queria assinar uma carta conjunta, ele e Omar Fontana, da Transbrasil, em solidariedade a Rolim, por uma razão simples:
1. Nenhum piloto aceitaria tal imposição por ser um suicídio, portanto a notícia era completamente falsa.
2. Se fizeram aquilo com a TAM, fariam também com suas empresas.
O “fizeram” referia-se à guerra inclemente encetada pela Varig contra a TAM, com respaldo da emissora. A carta acabou não saindo porque Rolim acertou um encontro com a direção da emissora e fechou um acordo.
Caso Refit
Outro caso é o da Refit, a refinaria de Manguinhos. Já foi alvo de inúmeras denúncias e investigações. Está sob investigação há anos, acusada de não refinar a quantidade de combustíveis que afirma refinar, o que a tornaria suspeita de operações de fundo tributário com redes de postos sem bandeira.
É anunciante permanente das publicidades especiais de O Globo. O banner está na editoria de Brasil, Esportes, Bairros, Podcast, Infográficos, e Princípios Editoriais. E aparece no banner de quase todas as matérias com chamadas na primeira página, além de patrocinar inúmeros eventos.
Se colocar no Google as palavras “Refit, denúncia”, aparece apenas uma matéria de O Globo, mas no portal da revista Época, de um colunista que já deixou o jornal. No pé da nota, em negrito, a resposta da refinaria. No corpo do jornal, nenhuma informação, apenas menções ao Teatro Refit e aos eventos de O Globo patrocinados por ela.
A Confederação Nacional do Comércio
Outro anunciante permanente é a Confederação Nacional do Comércio (CNC), liderado há décadas por Antonio Oliveira Santos, uma espécie de João Havelange do comércio. Um dos membros mais influentes do grupo é o empresário Luiz Gastão Bittencourt, presidente da Fecomércio do Ceará.
Em 2017, o G1, e o próprio O Globo, publicaram relevante série de matérias, denunciando Luiz Gastão Bittencourt, dono da empresa que administrava presídios em vários estados, especialmente em Manaus – onde ocorreu um massacre de presos. As denúncias espalhavam-se por vários estados, configurando um golpe nacional, em conluio com forças políticas locais.
Logo depois, houve uma disputa pelas verbas bilionárias do SESC-Rio. Houve uma disputa jurídica e a CNC acabou assumindo a intervenção no SESC-Rio, colocando como interventor o próprio Luiz Gastão.
A CNC tornou-se a maior anunciante de O Globo, patrocinando seminários, anunciando em grandes banners na primeira página do jornal. Nunca mais se falou das suspeitas contra Luiz Gastão e a própria CNC.
Hoje em dia, diminuiu um pouco a quantidade de publicidade, mas lá está ela, no banner principal das editorias de Economia, Defesa do Consumidor, entre outras.
Recentemente, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, teve todos seus bens bloqueados pela Justiça.
Na busca de O Globo, as reportagens em que aparece o seu nome são as seguintes:
Centrei as analises em O Globo, mas é um padrão comum a todos os veículos de mídia, seguindo a máxima de sobrevivência de Ortega y Gasset. Hoje em dia, o maior anunciante de jornais impressos é a Hyundai-CAOA. Essa estratégia teve início quando o grupo apareceu em denúncias da Lava Jato – ainda que denúncias infundadas. Depois disso, ficaram blindados.
Peça 3 – o modo de operação
Não imagine, na maioria das reportagens, jornalistas cúmplices da empresa. O direcionamento se dá através da cadeia de comando, em cima de observações vagas: isso interessa, isso não interessa.
Por exemplo, no meu tempo de Veja, propus à Economia uma matéria sobre o financiamento da OBAN (a Operação Bandeirantes) pela Copersucar, presidida na época por Jorge Wolney Atalla. Para minha surpresa, o editor Emilio Matsumoto consultou a direção, que consultou Roberto Civita, que concordou. Dias depois, Atalla foi convidado para um café na Abril, onde fechou um bom contrato de publicidade com a editora. Obviamente, a reportagem jamais foi publicada.
Tenho inúmeras histórias sobre o mesmo tema, que guardarei para meu futuro livro de memórias.
O que se tem de objetivo é o seguinte: nenhuma campanha contra uma grande empresa sai em qualquer veículo sem a autorização expressa da direção, consultado o departamento comercial. E não se ataca nenhuma grande empresa de graça, mesmo porque os jornais são ardentes defensores do mercado e da livre iniciativa.
Daí a busca de razões que levaram a Globo a estimular uma campanha de destruição da Prevent, em cima de denúncias encaminhadas à CPI – e, até agora, não checadas, sequer a denunciada tendo sido ouvida. Há a possibilidade concreta de uma disputa comercial por trás dessas liberalidades. Afinal, hoje em dia, os grupos de saúde são os principais anunciantes da mídia televisiva, ao lado de bancos e grupos financeiros.
Não estou afirmando taxativamente. Estou levantando uma hipótese para o espaço que o caso ganhou no sistema Globo.
Peça 4 – o modelo Prevent Senior
E, aqui, se chega no papel do Prevent Senior no sistema dos planos de saúde.
Depois de ter escrito o primeiro artigo, criticando a cobertura do escândalo, recebi de minha tia Zélia a seguinte mensagem:
“Vi sua matéria sobre prevent senior. Muito sensata. (…) está em tratamento de um tumor no esôfago. Estou impressionada com o tratamento e os cuidados. O acompanhamento é feito por médicos excelentes que, além de atender nos hospitais e laboratórios próprios, telefonam direto para saber como ele está e fazem contato por vídeo”.
O recado da tia descreve bem a estratégia da Prevent Senior para oferecer o plano de saúde mais barato e de melhor atendimento para o universo mais vulnerável de clientes: os idosos. A receita é simples:
1. Acompanhamento passo a passo da situação do paciente.
2. Qualquer problema, atendimento imediato por diversos canais e acompanhamento permanente na prevenção.
3. Focando na prevenção, reduz os custos nos procedimentos mais onerosos, de internação e UTI.
Com a gestão da saúde, a Prevent Senior rompeu a muralha de preços exorbitantes de outros planos, que praticamente expulsava os idosos de sua clientela. E sem uma campanha de mídia sequer.
A primeira vez que ouvi falar dela foi através de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Depois, através de um consultor de grandes empresas, e que presta consultoria eventual ao próprio PT. A terceira, de minha ex, que entrou no plano. Quando perguntei como soube dele, me disse que através de conhecidos. Ou seja, a empresa atua em cima de uma clientela bem informada e da publicidade boca-a-boca.
Obviamente, com seu estilo, a Prevent trouxe à tona o melhor que o mercado pode oferecer, a competição reduzindo os abusos da cartelização. A diferença de preços tornou-se gritante, especialmente depois que se conferiu a qualidade do seu atendimento. Definitivamente, ele se tornou uma pedra no caminho dos planos de saúde. A ofensiva de Henrique Mandetta, enquanto Ministro, contra ela diz muito, sendo ele um representante do sistema Unimed e dos planos de saúde convencionais.
A partir desses dados, significa que a Prevent é inocente de todas as acusações? Não necessariamente. Para saber, vamos para o próximo ponto, a aposta na cloroquina.
Peça 5 – a pedra filosofal da cloroquina
Quando começou a Covid-19, a Prevent Senior foi o primeiro plano a perceber o seu impacto justamente porque seu foco era a clientela mais vulnerável. Foi em seus hospitais a primeira explosão de casos. Mostrando uma vulnerabilidade, imediatamente abriu espaço para uma ação de represália de Mandetta.
Como tem a maior clientela de idosos entre todos os planos, todos com acompanhamento médico de perto, montou o melhor banco de dados para testar tratamentos alternativos. E resolveu desenvolver protocolos para enfrentar a doença.
De início, percebeu que no público que tomava hidroxicloroquina e ivermectina – para outros tratamentos – havia menor incidência de Covid. Produziu um primeiro trabalho. Concluiu que quem tomasse o medicamento nos primeiros sete dias, estaria menos propenso a formas mais graves da doença, que incluíssem internação.
O trabalho foi condenado por especialistas do mundo inteiro por não seguir os parâmetros das investigações científicas. Não significava que as conclusões eram necessariamente falsas. Significa que não obedecia a métodos científicos. A Prevent alegou que baseava-se na observação do dia a dia. Ficou de apresentar um trabalho maior, com mil pacientes. E nunca apresentou.
Nesse ínterim, a partir das pesquisas do francês Didier Raoult, repercutida por Donald Trump, a cloroquina tornou-se peça principal de uma disputa política, bandeira de todos os negacionistas do planeta. A partir daí começou uma guerra irracional em torno do tema. Especialmente depois que a Organização Mundial da Saúde e outras instituições respeitáveis atestaram a não eficácia do tratamento alternativo como política de massa, na prevenção do Covid.
A partir da guerra política de Bolsonaro, criou-se um clima de linchamento, misturando acusações inverossímeis, com denúncias ainda não comprovadas e denúncias mais objetivas sobre o papel da Prevent Senior.
O desafio consiste em separar alhos de bugalhos.
Peça 6 – as acusações fantasiosas
Para clarear a discussão, vamos, primeiro, às acusações fantasiosas:
1. A cloroquina e a ivermectina não são venenos. São remédios de uso controlado, já utilizados para combater inúmeras doenças.
2. A aplicação em pacientes, com acompanhamento médico, em si, não representa crime algum, nem ameaça à vida do paciente. Parem com essa maluquice de comparar as pesquisas com o dr. Mengele.
3. Do mesmo modo, é de uma irracionalidade absoluta a suposição de que a Prevent tenha sido descuidada em relação a seus pacientes, se todo seu marketing é realizado pelos próprios clientes.
4. A “acusação” de que se usa o tratamento alternativo com o propósito de reduzir as despesas é transformar em crime uma virtude central do modelo Prevent.
Nesse sentido, o amadorismo da mídia é humilhante.
Confira o Estadão:
Ou seja, escandalizaram um princípio básico de gestão de saúde: tratar o paciente no início da doença para evitar internação com agravamento da saúde.
Ou The Intercept, que se celebrizou denunciando os factoides criados pela Lava Jato.
Internação não é escolha aleatória de médico. Na fase aguda, o paciente fica sem oxigênio, sofre, a internação se impõe. A não ser um Twitter, até agora não apareceram informações objetivas de que a Prevent tenha reduzido as internações arbitrariamente. E ela serve a um público bem informado.
Portanto, se ganhou muito dinheiro com o tratamento alternativo – que o Intercept chama de “experimentos mortais” – significa que deu certo, que reduziu as internações de forma legítima? É isso que está se dizendo?
Como o combate ao tratamento alternativo conseguiu esse pacto inesperado entre esquerda e direita, jogar pedra na Geni garante o aplauso geral.
Peça 7 – as acusações que precisam ser apuradas
Em termos objetivos, o caso Prevent tem duas vertentes que precisam ser apuradas:
- A análise das suas pesquisas.
Analisar se manipulou ou não as pesquisas. Uma das mensagens “incriminadoras” mostrava um superintendente avisando o grupo de pesquisadores que a pesquisa estava sendo acompanhada pelo presidente e por Raoul Didier, daí a necessidade de acelerar e ser o mais rigoroso possível. Não parece mensagem de quem pretende manipular resultados. Mas tem que se investigar até que ponto o apego da empresa à sua “descoberta” levou à manipulação de resultados.
- O uso político da pesquisa pelos negacionistas.
Aqui se chega ao ponto efetivamente relevante do caso: a utilização como arma dos negacionistas, para destruir todas as políticas de precaução e combater a própria vacina.
No meio desse terremoto, a Prevent errou feio. Sumiu de cena quando começou a polarização em torno do tratamento. Com suas pesquisas, ajudou a alimentar as fantasias de Bolsonaro, sobre a aplicação em massa do chamado tratamento alternativo.
Deveria ter vindo a público desautorizar as conclusões obscenas de Bolsonaro e não aceitar que os tratamentos alternativos fossem utilizados para combater a vacina e demais políticas de prevenção.
Este é seu erro, e não é pouca coisa.
3. A ocultação do tratamentos aos pacientes
Caso comprovado, configuraria falta ética.
Peça 8 – a campanha contra a Prevent Senior
Agora, com o linchamento sendo praticado à esquerda e à direita, repete-se o padrão Lava Jato de tentar destuir a empresa.
E aí se entra no jogo comercial das denúncias.
Hoje em dia, a Prevent garante assistência de saúde a cerca de 500 mil pessoas. Parte relevante, a dos idosos, não conseguiria bancar um plano de saúde convencional.
Além de atender a essa clientela, a Prevent é uma pedra no sapato de todo o sistema, ao escancarar os preços abusivos dos demais planos. E um sistema que, nos últimos tempos, se tornou um dos principais anunciantes dos grupos de mídia.
Destruir a empresa, portanto, significaria um enorme desserviço para a saúde privada no país.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)