Como sempre, estamos dois meses atrasados nas ações de Governo contra a pandemia.
A “variante Delta” está levando os Estados Unidos a uma explosão de casos de contaminação pela Covid 19 – 130 mil por dia, em média – que subiu 64% em 14 dias e se multiplicaram para um número 8 vezes maior do que os registrados no início de julho, quando a pandemia parecia estar se extinguindo naquele país.
As mortes dobraram em relação aos primeiros dias do mês passado e a média diária pulou de 250 para mais de 500.
O diretor do Centro de Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, Dr. Francis Collins, disse ontem que ficará “surpreso se não cruzarmos 200.000 casos por dia nas próximas semanas“.
Ainda que o número de pessoas que perca a vida pela doença tenha baixado, porque a parcela vacinada da população tende a desenvolver a doença de forma mais branda, ainda é um número imenso de óbitos.
E como o número de vacinados parou de subir por lá, perto de 40% da população está ainda sendo chamado de “sitting ducks”, alvos fáceis, para o vírus.
Aqui, a ação da variante Delta, muito embora sem números exatos, pela falta de sequenciamento genético das amostras colhidas em pacientes, ao menos aqui no Rio de Janeiro já tornou perceptível em nossas relações pessoais que os casos de Covid estão crescendo significativamente.
Mas, ao contrário de nos prevenirmos para deter esta ameaça enquanto podemos, há um furor total para liberar todo tipo de aglomeração.
E, nacionalmente, uma incompreensível vontade das autoridades em partirem para um demagógico “o pior já passou”, como se perderem 800 ou mil vidas por dia não fosse ruim o suficiente para provocar ações.
Agimos da pior forma, porque os perigos estão visíveis e continuamos fingindo que tudo está bem.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)