A nomeação do general Eduardo Pazuello para o Ministério da Saúde, teria sido para afastar indicados políticos que ocupam cargos estratégicos na liberação de verbas.
A CPI está revelando que os militares deram um golpe no Ministério da Saúde para ocuparem esses cargos.
O depoimento do ex-diretor Roberto Dias à CPI, mesmo com todas as mentiras, deixou claro que há uma disputa por espaço entre militares e políticos.
Embora a competência do ministério seja a saúde, principalmente em plena pandemia que ceifou mais de 530 mil vidas, o interesse desses grupos é a corrupção.
A saúde nunca foi prioridade no governo Bolsonaro, as negociações na compra das vacinas são obscuras, sem transparência, com documentos falsificados e com pessoal estranho não credenciado.
É surreal e criminoso, que milhões de vacinas que custam bilhões de reais, sejam tratadas entre um reverendo, um cabo PM, um coronel do exército e mascates pistoleiros da saúde, reunidos em um bar.
É óbvio que fazem parte de ladroagem do dinheiro público que, desde que Bolsonaro assumiu, vem sendo disputado entre políticos influentes e militares nomeados para cargos no governo.
O presidente da CPI, Omar Aziz, deu voz de prisão ao servidor Roberto Dias, que tem a proteção do deputado federal Ricardo Barros, que parece ter ascensão sobre Bolsonaro, que articula a militarização do governo em detrimento do Congresso.
Bolsonaro quer se livrar da pressão do poder do Congresso que pode afastá-lo por prevaricação.
O presidente está acuado pelos graves escândalos de corrupção e não tem outra saída que não tentar um golpe.
O povo nas ruas em seguidas manifestações, é a única força capaz de ‘estourar’ o cativeiro e resgatar o estado democrático e de direito.
RICARDO MEZAVILA ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)