Confirmaram-se a expectativas registradas aqui na quarta-feira: o Brasil chega ao Carnaval com a maior média móvel de mortes em sete dias desde o início da pandemia, há um ano.
Os números do Conselho Nacional do Secretários de Saúde (Conass), que não diferem essencialmente dos apurados pelo consórcio de veículos da imprensa, marcaram hoje 713 óbitos, o que eleva a média móvel semanal para 1.102 óbitos, valor igual ao pior dia desde o início das ondas de Covid 19, 25 de julho de 2020, 25° dia com esta marca acima de 1 mil.
Desde o início do ano, há 45 dias, somamos 44 mil mortos no Brasil. 60 mil desde 15 de dezembro, dois meses atrás.
O Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington revisou suas projeções e espera, agora, que o número de mortos no Brasil chegue a 310 mil vítimas fatais no dia 1° de maio e a 340 mil em em 1° de junho.
Não é possível que, diante disso, autoridades públicas, inclusive na área da Saúde, estejam tratando tudo como “normal”.
E que o presidente da República, numa hora destas, esteja comemorando o que diz ser a alegria popular com a liberação de armas para mentecaptos que desejem ter até 60 delas em casa.
“O povo está vibrando“, diz ele. O povo está morrendo, diz a realidade.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)