Quando se trata de armar seus seguidores, Jair Bolsonaro é rápido no gatilho.
Hoje, em Cascavel, comunicou que expedirá três novos decretos, ampliando e facilitando a obtenção da já absurda quantidade de armas – até 60, de grosso calibre – para os que se identificam como caçadores, atiradores e colecionadores, como para a aquisição dos 180 mil (sim, 180 mil!) cartuchos que podem adquirir a cada ano.
Arma é um direito de vocês. Arma evita que um governante de plantão queira ser ditador. Eu não tenho medo do povo armado. Muito pelo contrário, me senti muito bem (em) estar ao lado do povo de bem armado no nosso Brasil.
“Povo de bem”, claro, são seus fanáticos.
Embora oficialmente, e num primeiro momento, a tal “excludente de ilicitude” que propõe seja voltada a militares das Forças Armadas, ficou claro nas palavras de Bolsonaro que ele quer que seja estendida também aos policiais militares, numa grande “licença para matar” nacional:
— Por isso, policiais, eu pretendo botar em votação, já acordado, conversado, com os presidentes da Câmara e do Senado, e vai passar pelo Parlamento, o excludente de ilicitude. O policial em operação tem que ter uma garantia.
Sejamos justos: Bolsonaro não surpreende ninguém, O que acontece é que muitos acharam que, no governo, as leis e as instituições conteriam seu ânimo.
É o contrário: é Bolsonaro quem avança abertamente sobre elas, fazendo apenas recuos estratégicos quando encontra resistência, dando pequenos passos atrás apenas para, a seguir, impulsionar-se à frente.
FERNANDO BRITO” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)