A nota da coluna de Lauro Jardim, informando que o acoitador de Fabrício Queiroz, o advogado Frederick Wassef, estaria mandando recados de chantagem explícita ao presidente Jair Bolsonaro fala de algo que era previsível.
Wassef é mais perigoso para Bolsonaro que o próprio Queiroz.
É um espertalhão, que não quer sair destruído – como o ex-PM amigo do presidente – da história de crimes do clã presidencial.
Arrota fidelidade ao presidente, ao mesmo tempo em que se amarra a ele inseparavelmente, dizendo que tem procurações (seis!) e provas vídeos e imagens de sua intimidade com ele.
“Não dá pra negar uma história que está registrada com tantas fotos e filmes. Fora aqueles que eu tenho comigo e que ninguém nem sonha e nem imagina. Está tudo guardado a sete chaves e mesmo se a bandidagem do Rio quiser fazer busca e apreensão não vai encontrar nada”.
“Não preciso mandar recado. Se eu quiser, ligo agora no celular e ele me atende”.
Ameaça ir à televisão exibir o que diz ser o assassinato do miliciano Adriano da Nóbrega, íntimo de Queiroz e do clã bolsonarista e fazer carga contra o governador Wilson Witzel:
“Vou explodir todo mundo em rede nacional ao vivo. Poderosos políticos do Rio mandaram assassinar o Adriano. Tenho provas. Os mesmos caras que executaram o Adriano iriam executar o Fabrício Queiroz”
Não se sabe o que é mais necessário para que Wassef seja intimado a depor, porque dá notícias pública de um crime excutado (a morte de Adriano) e outro planejado (a intenção de liquidar Queiroz).
E Wassef não vai dizer que “não sabe de nada”, porque está, com arrogância, dizendo que sabe de tudo.
Jair Bolsonaro está em suas mãos e ele vai aproveitar isso.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)