Mais que isso, o sistema incorpora todas as informações de inquéritos em andamento. Ou seja, quem tem acesso do sistema automaticamente tem acesso a todos os inquéritos em andamento.
O novo delegado geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, é o principal responsável por um enorme bidgata administrado pela PF. Trata-se de um sistema que engloba 2 mil bancos de datas, de cartões de crédito a companhias aéreas, de distribuidoras de energia. E continua incorporando novos bancos de dados.
Quem já viu em funcionamento diz ser possível um raio-x completo de qualquer cidadão brasileiro com CPF.
Em uma demonstração interna na PF, em questão de minutos foi possível montar o seguinte exemplo:
Escolheram aleatoriamente uma Pessoa A. Apuraram que viajou de avião e determinado dia, sentando na poltrona X, tendo como vizinho de poltrona a Pessoa B, que mora no endereço Y e, no último mês, consumiu tanto de energia elétrica em casa e adquiriu tais bens de consumo no seu cartão de crédito.
O sistema foi inaugurado nos tempos do delegado geral Fernando Segóvia. O repórter Vladimir Neto, da TV Globo, teve acesso ao sistema, filmou para o Fantástico, mas a reportagem não foi ao ar, provavelmente para não dar gás a Segóvia na época.
Mais que isso, o sistema incorpora todas as informações de inquéritos em andamento. Ou seja, quem tem acesso do sistema automaticamente tem acesso a todos os inquéritos em andamento.
Aí, se entra na questão política relevante. O pai do sistema é o delegado Rolando de Souza que, como tal, conhece todos seus detalhes. Já controle da sociedade civil é exercido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O presidente da Comissão é Eduardo Bolsonaro. O 1. Vice-presidente é Luiz Philippe de Orleans e Bragança.Leia também: Imprensa tem segunda chance de fazer jornalismo, em vez de idolatrar Sergio Moro
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)