A carta de 20 governadores criticando as declarações de Jair Bolsonaro sobre a “culpa” do governo da Bahia no nebuloso episódio da morte do miliciano Adriano Nóbrega vai virar o tom da maioria dos parlamentares, a partir de amanhã, fazendo dueto com a bravata do “imposto zero” nos combustíveis.
Este é ano eleitoral nos municípios e não é hora de arranjar encrenca com o apoio eleitoral dos governadores. Se já influi nas capitais, imagine no interior.
Numa análise realista, sem a “torcida” que se costuma ter na mídia, qualquer projeto que vise a suprimir impostos ou direitos de servidores, é extremamente difícil que as duas pautas governistas – reformas tributária e administrativo-funcional – tenham espaço para aprovação.
O que vai ter, e forte, é gritaria pela fila monstruosa de benefícios encalhados no INSS, que passam de 2 milhões, e pela negativa de concessão do Bolsa Família, hoje com um acumulo de meio milhão de famílias.
Nos municípios mais pobres, aposentadorias e renda mínima fazem diferença, e muita.
Inclusive eleitoral.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)