COMO A IMPRENSA ARGENTINA MANIPULOU O NOTICIÁRIO PARA MINIMIZAR A CRISE ECONÔMICA DO GOVERNO MAGRI

Durante 4 anos de Macri, a situação econômica piorou muito. Mas quem se informou pelos principais jornais do país teve outra versão dos fatos

Argentina, Macri e a imprensa amiga

Por Lucas Rohah

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Durante os 4 anos do governo de Maurício Macri na Argentina, a situação econômica piorou muito. Mas quem se informou pelos principais jornais do país teve outra versão dos fatos.

A pobreza extrema disparou. Hoje são mais de 15 milhões de pessoas que passam dificuldade para comprar o que comer e acabam buscando comida no lixo. O título do jornal: “Paixões argentinas: A decência dos que buscam comida no lixo”.

Os aposentados sofreram com a inflação. Estima-se que perderam cerca de 30% do poder de compra com suas aposentadorias. Com isso, muitos foram obrigados a buscar trabalhos informais.

O título do jornal: “Um novo desafio no mundo do trabalho: se preparar para trabalhar até os 80”.

Com a desvalorização do peso e a inflação, muita gente vendeu tudo o que tinha para comprar comida e pagar as contas básicas. O título do jornal: “Minimalismo extremo: os que se desfazem de quase todos os bens materiais”.

A inflação superou 300% com Macri. Com isso, o poder de compra dos argentinos caiu drasticamente. Comprar roupa nova virou um luxo. A saída era recorrer aos brechós. O título do jornal: “Feiras americanas, mas mais cool: furor pela roupa vintage: o bom, se velho, duas vezes bom”.

Sem dinheiro para comer, cerca de 3 milhões de argentinos passam fome. Os dados são Universidade Católica. O título do jornal: “Café da manhã, sim ou não? Os prós e contras da primeira refeição de cada dia”.Leia também:  Contra Lula, Financial Times aconselha Bolsonaro a emplacar reformas de Guedes

O orçamento destinado para a educação caiu 35% nos anos Macri. A situação econômica dificultou o acesso à universidade para os argentinos mais pobres. O título do jornal: “Educação: vale a pena ir para a universidade?”.

Com o empobrecimento dos argentinos, o consumo de alimentos fora do prazo de validade se tornou comum. O título do jornal: “Quanto tempo depois de vencido se pode comer um alimento?”

Dar brinquedos para as crianças ou colocá-las na frente da televisão para assistir desenhos – e, assim, consumir energia elétrica – também era luxo de poucos. O título do jornal: “As caixas de papelão vazias que estimulam a imaginação das crianças e os afastam das telas”

Com Macri, o desemprego aumentou e chegou a 10%. E os trabalhos informais, como de entregadores de comida, explodiram. O título do jornal: “Tempo livre: um tesouro que pode dar mais felicidade que o dinheiro”

Macri deixa a Argentina com uma grave crise de energia. O preço da conta de luz disparou e muita gente não consegue pagar em dia. O título do jornal: “Melhor no escuro: a luz artificial afeta a saúde”

Fome, miséria, desnutrição. Os efeitos do governo Macri nos mais pobres foram devastadores. Mas o título do jornal: “Acharam o método mais incrível para emagrecer: comer terra”

Tirar férias, claro, é para poucos. Sem dinheiro, os argentinos deixaram de viajar. O título do jornal: “Boa vida: férias para tua cabeça: como ter uma escapada mental”

Vendo a vida piorar a cada dia, os argentinos começaram a se mobilizar contra o governo Macri. O título do jornal: “Reclamar e protestar faz mal para a própria saúde”Leia também:  Conselho do Ministério Público pune Deltan por atacar ministros do STF

Desemprego em alta. O título do jornal: “Pode ser despedido e terminar com a pobreza”

O desemprego entre os jovens foi o maior desde a crise dos anos 2000. O título do jornal: “Geração Y: dez anos na mesma empresa pode ser um fracasso pessoal”

Todos os títulos usados nesse fio são reais e foram recolhidos pela @mundotkmcom no roteiro dessa esquete incrível;

LUCAS HOHAH ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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