BOLSONARO USA A TRIBUNAL DA ONU COMO PALANQUE

CHARGE DE AROEIRA

Jair Bolsonaro enfrentou o plenário do mundo, a Assembléia Geral das Nações Unidas, do único jeito que ele sabe: com extrema agressividade, batendo para não levar, atacando para não ter que encarar os diversos temas com a serenidade e a seriedade que eles exigem.

A Amazônia não é patrimônio da humanidade nem pulmão do planeta,  decretou o presidente brasileiro, esbravejando contra as minorias. E a ideologização está levando aos lares e à célula-mater da sociedade, a família, questões indevidas como as de gênero. Sim, foi isso mesmo que todo mundo ouviu.

O que se pergunta agora é quais serão as consequências internas externas do novo capítulo da novela, “Bolsonaro contra o mundo”. Certamente irão além das brincadeiras sobre o presidente biruta do Brasil. Investidores costumam ficar desconfiados de países governados por líderes assim, é um provável desdobramento será mais um passo rumo ao isolamento internacional do Brasil.

E internamente? Bolsonaro usou-a tribuna da ONU como palanque para, mais uma vez, falar com seus eleitores. Mesmo assim, pode não ter  sucesso. A grande maioria dos que votaram nele não é adepta das grosserias, e sabe distinguir um discurso de estadista de uma fala de palanque.

Acima de tudo, Bolsonaro falou para seus seguidores mais fiéis – aqueles que hoje, segundo o Datafolha, não passam de 12% do eleitorado.

HELENA CHAGAS ” BLOG OS DIVERGENTES” ( BRASIL)

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