EDUARDO BOLSONARO PORTA ARMA EM HOSPITAL PORQUE DEVE TER MEDO DE INJEÇÃO

Até bem pouco tempo éramos um país pacífico e a imagem de uma arma algo raro de se ver. Só tínhamos esse registro em caso de reportagens policiais. E sempre causava espanto. De repente, nos vemos naturalizando o ir e vir de revólveres de um canto ao outro, como se vivêssemos uma película de western. Quando foi mesmo que começamos a conviver desta maneira à vontade com pistolas “Glock, de cor preta”?

Como foi que viemos parar numa situação, em que pistolas “Glocks de cor preta”, parecem complemento da indumentária? Por que não nos espantamos com o fato de que sob um blazer surja uma pistola, num ambiente hospitalar, em que ela, até há pouco, pareceria ameaçadora, inadequada? Qual foi o pedaço da situação que eu perdi, para estar apalermada diante da cena, que eu deveria achar normal?

Talvez eu tenha ido ali, dado um pulinho em Marte, ou em outro canto qualquer, e faltei à reunião em que ficou instituído que doravante todos portem armas – pistolas “Glocks, na cor preta” – em todo e qualquer ambiente. Estamos sendo invadidos? De onde vem a ameaça, que faz com que as armas saltem das gavetas para a cintura, nesta desenvoltura e ostentação?

A foto de um (vá lá), presidente, desgrenhado e com ombros à mostra não recebeu a atenção do filho. Ao lado da cama, com pose de galã de seriado, Eduardo Bolsonaro não teve o cuidado de fazer o pai mais bem composto, melhor apresentável. Parecia tão preocupado com a própria imagem – a de dublê de policial federal e deputado, que não fez questão de esconder o revólver ou tampouco ajeitou a camisola hospitalar de Jair.

Quer saber de uma coisa? Esse jovem senhor deve é ter medo de injeção. Precavido, entrou no hospital armado para, em caso de alguma enfermeira vir em sua direção portanto uma seringa com agulha afiada na ponta, ter o poder de espantá-la, antes que lhe vazasse o glúteo. Quando é que esse trio de “filhinhos” vai entender que o poder do papai não transformou Brasília ou o país em um grande playground, onde eles têm passe livre e podem agir à vontade? Ora, cresçam, rapazes!

DENISE ASSIS ” BLOG 247″ ( BRASIL)

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