O ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza, anunciou nesta 4ª feira (28.ago.2019) que o governo propôs ao FMI (Fundo Monetário Internacional) uma revisão dos vencimentos das dívidas do país. O valor de US$ 56 bilhões começaria a ser pago em 2021.
O ministro disse que as negociações podem ser iniciadas ainda no mandato de Mauricio Macri, mas que terminariam na gestão do próximo presidente, que assume o país em 10 de dezembro.
Lacunza também apresentou medidas para tentar controlar o quadro de instabilidade local. Uma das propostas é a extensão dos vencimentos de dívida de curto prazo para investidores institucionais, como bancos e seguradoras.
Ainda de acordo com o ministro, uma reunião deve ser realizada com representantes do FMI nas próximas semanas. Ele ressaltou que a conversa não muda os pagamentos ou juros, mas apenas estende os prazos para o governo conseguir “implantar políticas sem condicionamentos financeiros”. Além disso, afirmou que a medida também é uma tentativa de acalmar a economia antes das eleições, marcadas para 27 de outubro.
Segundo ele, Macri lhe pediu para impedir que o dólar e a inflação subam mais.
A Argentina passa por 1 período de instabilidade financeira. O quadro foi agravado depois de Macri perder as eleições primárias, em 11 de agosto, para o oposicionista Alberto Fernández, favorito para o pleito de outubro.
MERCADO REAGE
O risco-país argentino chegou a 2.072 pontos nesta 4ª feira. É o maior valor em 14 anos. O peso perdeu 19,5% de seu valor em relação ao dólar desde 12 de agosto, fechando o dia cotado a 56 pesos para compra e 60 para venda.
Por outro lado, o índice S&P Merval, das principais ações cotadas na Bolsa de Comércio de Buenos Aires, fechou em alta de 3,39%, a 25.458,04 pontos.
PUBLICADO PELO ” BLOG PODER 360″ ( BRASIL)