O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou a O Globo que o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, “permanece” no cargo e tem a sua “confiança”, mas que “as coisas eventualmente podem mudar”.
Mais cedo, noticiou-se que o superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi, sairia do posto nos próximos dias. Segundo notícias, Saadi seria “recompensado” com um posto no exterior.
Resta saber o que a Polícia Federal teme mais – a interferência de Jair Bolsonaro mitigada por Sérgio Moro ou a interferência direta de Jair Bolsonaro colocando delegados – e não faltam – diretamente ligados a ele no comando geral da corporação e onde lhe interessa ter uma polícia amiga, como no Rio de Janeiro.
A compensação a Moro virá com o veto de alguns artigos da Lei de Abuso de Autoridade, sinal de que o ministro está “prestigiado” – sim, naquela conhecida situação de técnicos que acumulam derrotas em times de futebol – pelo presidente.
Fazer política com polícia costuma destruir a ambas.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)