PROCURADORES DEBOCHARAM DAS MORTES DA MULHER DE LULA, SEU IRMÃO E NETO


Dona Marisa e o presidente Lula, em 2015 (Créditos: Roberto Stuckert/Divulgação)

Reportagem de Igor Mello, Gabriel Sabóia e Silvia Ribeiro do UOL e Paula Bianchi do Intercept Brasil, publicada hoje (27/VIII), apresenta mais uma rodada de revelações da Vaza Jato do Glenn Greenwald.

Segundo os diálogos, obtidos de forma pelo Intercept, os procuradores da força-tarefa de Curitiba ironizaram o luto do presidente Lula após as mortes recentes de três familiares – sua esposa Maria Letícia, o irmão Vavá e o neto Arthur, de apenas sete anos.

Sobre a morte de D. Marisa:

• “Estão eliminando as testemunhas”, disse o procurador Januário Paludo.
• “Quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização”, afirmou a procuradora Laura Tessler.
• “Querem que eu fique pro enterro?”, ironizou outra procuradora, Jerusa Burmann Viecili.
• Após Lula, em entrevista à Fel-lha, culpar os excessos da Lava Jato pela morte de sua esposa – “D. Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos” – a procuradora Tessler debochou: “Só falta dizer que a Lava Jato implantou 10 anos atrás um aneurisma na cabeça da mulher… Milhares de pessoas morrem de AVC no mundo… Isso faz parte do mundo real e pronto.”
• “Bobagem total, ninguém mais dá ouvidos a esse cara”, concluiu o procurador Deltan Dallagnol, o Dallanhinho.

A respeito da morte de Vavá:

• Os procuradores temiam que militantes impedissem o retorno de Lula à prisão, caso ele saísse para acompanhar o enterro de Vavá.
• “Ele vai pedir para ir ao enterro. Se for, será um tumulto imenso”, disse o Dallanhinho.
• O procurador Athayde Ribeiro Costa foi pragmático: “Acho que tem que autorizar a saída. Ou, como disse um de nós, leva o morto lá na PF”.
• “O safado só queria passear”, decreta Paludo.
• Tessler encerra a discussão: “O foco tá em Brumadinho. Logo passa… Muito mimimi”.

Sobre o enterro do neto Arthur:

• “Preparem para nova novela da ida ao velório”, disse Viecilli.
• Athayde Costa reclama: “Putz… No meio do Carnaval”.
• Sobre as reações de Lula sobre a morte do neto, Roberon Pozzobon ironiza: é tudo uma “estratégia para se ‘humanizar’, como se isso fosse possível no caso dele”…

Leia a reportagem completa no UOL.

PUBLICADO PELO SITE ” CONVERSA AFIADA” ( NRASIL)

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